5 perguntas a uma startup sustentável: Quizzability
17/12/2024
Sabemos que, tal como nós, existem centenas de outros projetos a querer fazer mais pelo planeta. Fomos ter com eles para saber mais sobre o
Procuravam empreendedores motivados, que promovam soluções inovadoras na resolução de problemas e necessidades sociais. E foi isso que tiveram. O Rise for Impact escolheu quatro projetos para que sigam em frente nesta jornada por um mundo melhor.
Foram muitos os candidatos, foram dez os finalistas. O Rise for Impact escolheu os vencedores, entre os muitos que dedicam o seu tempo a criar um mundo melhor — entre eles, a Peggada.
A Casa de Impacto, o hub de empreendedorismo de impacto da Santa Casa da Misericórdia, deu o arranque da quinta edição do Rise for Impact em novembro. Os que passaram na primeira prova — um bootcamp de dois dias — tiveram a oportunidade de viver dois meses intensos de mentorias, workshops, conversas e inspiração diária para darem o arranque aos seus projetos.
Os vencedores foram escolhidos no DemoDay, que aconteceu no dia 15 de fevereiro, e que ditou o nome daqueles que seguem para a fase final, com um prémio de 1.500 euros, bem como um pacote de mentoria, horas de acompanhamento dedicadas, acesso ao espaço de incubação, que se estenderá durante os quatro meses seguintes até ao final do programa.
Os vencedores
O júri teria meia hora para deliberar, mas meia hora não foi suficiente. A escolha era difícil, o que acabou por levar os jurados a furar as regras e escolher um quarto lugar, uma menção honrosa, que terá direito apenas à mentoria. E esse lugar especial foi ocupado pela Equivalence, “uma solução tecnológica que contribui para a integração dos migrantes, através do emprego, uma vez que faz a correspondência entre migrantes qualificados e empresas através de uma ferramenta inovadora: o Perfil Equivalente”, tal como explica à Peggada Daniela, uma das fundadoras.
Os três lugares, sem ordem de preferência, foram ocupados pela Nulla, a Uneidades e a Taip.
A Nulla é uma aplicação com o propósito de promover a literacia e consciência alimentar e reduzir o desperdício alimentar em casa.
Oferece ao utilizador uma plataforma intuitiva e completa com um dicionário de alimentos. Ao selecionar um alimento, o utilizador encontra informações detalhadas sobre as melhores técnicas de cozinha, métodos de conservação, combinações ideais com outros ingredientes, sugestões de receitas, pegada ambiental, perfil nutricional e prazo de validade de referência.
Tem um leitor de facturas de supermercados para que o utilizador não tenha de introduzir alimentos individualmente e ainda um leitor de receitas que sugere substituições – com ajustes às quantidades, se necessário – quando um ou mais ingredientes estão em falta.
Além disso, integrada na aplicação, encontramos uma escola online dedicada à formação contínua sobre o tema da alimentação – em formato masterclass –, onde cada subscritor pode aprender ao seu ritmo e de acordo com os seus interesses.
Parte da equipa é composta pelos Kitchen Dates que há vários anos lutam contra o desperdício e trabalham para uma maior literacia alimentar.
Já a Uneidades pretende dar resposta à falta de casas disponíveis para estudantes, por um lado, e à solidão em que muitos seniores vivem, por outro.
Através deste projeto, os seniores disponibilizam um quarto da sua casa e com isso beneficiam da companhia do estudante, recebem alguma ajuda em tarefas domésticas leves e recebem um valor mensal extra para contribuição de despesas. Já os jovens universitários têm acesso a um alojamento seguro, confortável e acessível, beneficiando ainda da companhia e apoio do sénior.
A equipa da Une.Idades visa garantir a segurança, proteção e acompanhamento ao longo de toda a experiência e ao mesmo tempo promover o relacionamento intergeracional e o envelhecimento ativo.
Por fim, a Taip — uma marca de roupa interior lavável para pessoas com diferentes níveis de incontinência urinária. A produção é nacional e apresentam-se como uma alternativa ao descartável mais fiável, confortável e digna.
Os vencedores serão encontrados num pitch final, sendo atribuído prémios de três mil euros, dois mil euros e mil euros para o primeiro, segundo e terceiro classificados, respetivamente.
Marta Cerqueira é minhota e vegetariana. A sorte é que vive em Lisboa, onde há mais tofu do que sarrabulho. É jornalista há mais de 15 anos, os últimos dos quais a escrever sobre comida e sustentabilidade. Agora, já fora das redações, continua a escrever sempre que pode, seja em revistas, diários, post its, ou na sua página de Instagram, que usa para partilhar uma vida que se divide entre ser mãe-pessoa-foodie-viajante. Ainda assim, criou a Peggada para poder escrever sobre o que não cabe numa revista, num diário, num post it ou no Instagram: um mundo melhor.
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