A tímida COP27: os protagonistas, os discursos e as conclusões
A COP 27 terminou morna e sem notícias estrondosas. A Peggada faz-te o resumo das principais conclusões. As alterações climáticas estiveram em cima da mesa
Foram analisadas campanhas no Facebook e no Instagram que incentivaram discursos “falsos ou tendenciosos” sobre a crise climática.
A indústria do petróleo e do gás gastou cerca de 3,7 milhões de euros na publicação de mensagens “enganosas” nas redes sociais sobre a crise climática a propósito da última cimeira do clima. A notícia é avançada pela agência noticiosa espanhola EFE, citada pela Lusa, depois de analisar o relatório da Rede de Ação Climática Contra a Desinformação (CAAD, sigla em inglês).
No estudo são analisadas campanhas no Facebook e no Instagram que incentivaram discursos “falsos ou tendenciosos” sobre a crise climática no contexto do encontro internacional.
Mas afinal, o que é considerado desinformação climática? O relatório, coordenado pelo Institute for Strategic Dialogue, e que contou com o trabalho de organizações e grupos como o ACT Climate Labs, Code for Africa, Climate Nexus, Greenpeace e Union of Concerned Scientists, entre outros, desinformação climática é a divulgação de conteúdos que minimizam a gravidade das alterações climáticas, que as negam ou que apresentam como positivas para travar o aquecimento global medidas que contradizem o consenso científico sobre o assunto. Ainda no mesmo estudo, a indústria dos combustíveis fósseis, considerada a principal causadora do aquecimento global, está entre as que mais gastou com anúncios de “desinformação climática” a propósito da COP27.
Entre 01 de Setembro e 23 de Novembro de 2022 a investigação identificou 3781 anúncios — a maioria promovidos pelo grupo Energy Citizens, ligado ao American Petroleum Institute.
Recorde-se que a 27.ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) realizou-se em Novembro de 2022 em Sharm el-Sheikh, no Egipto.
As Conferências das Partes dedicadas às alterações climáticas são uma oportunidade
para que os Estados se unam para debater um problema comum, e essa discussão acaba por atrair muitas outras figuras importantes, como cientistas, jovens ativistas e membros das mais variadas indústrias. E o rumo das negociações pode ser profundamente influenciado por essas figuras presentes, mas também as ausentes.
A mais recente COP ficou marcada pela ausência do presidente chinês, Xi Jinping, e do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Também a Rússia escolheu não estar representada na COP, fazendo com que três dos maiores emissores a nível global mostrassem um claro desinteresse em fazer parte do debate sobre alterações climáticas enquadrado pelas Nações Unidas. Além disso, a conferência contou com mais de 600 representantes pertencentes a lobbies da indústria dos combustíveis fósseis, um aumento de 25% em relação à COP do ano anterior.
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Sentar centenas de nacionalidades e grupos de interesse à volta de uma mesa não é simples. Chegar a um consenso ainda menos. Mas o que
COP, IPCC, UNEP, WMO. A ação climática tem muitas siglas e hoje vamos falar-te mais dobre aquela que não é mais do que a reunião
Este artigo aborda uma ação que promove a adoção de medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos. O ODS 13 também pretende melhorar a educação sobre mitigação das mudanças climáticas e redução de impacto.
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