
Primeiro ferry de passageiros movido a hidrogénio do mundo já está a funcionar
O ferry MV Sea Change começou a operar na Baía de São Francisco, nos Estados Unidos, e será gratuito nos próximos seis meses. O primeiro
We didn't find any happenings mapped to your criteria.
Try the traditional search to find articles not yet mapped with RUA.
We didn't find any happenings mapped to your criteria.
Try the traditional search to find articles not yet mapped with RUA.
We didn't find any happenings mapped to your criteria.
Try the traditional search to find articles not yet mapped with RUA.
We didn't find any happenings mapped to your criteria.
Try the traditional search to find articles not yet mapped with RUA.
Os líderes de Portugal, Espanha e França deram um passo para acelerar “o desenvolvimento das interconexões energéticas”, numa reunião, esta quinta-feira, antes da cimeira da União Europeia, em Bruxelas, criando um novo Corredor de Energia Verde. Mas, afinal, de que estamos a falar? A Peggada explica.
Um português, um espanhol e um francês entram numa sala de negociação…e de lá sai a mudança.
O mais recente encontro entre Portugal, Espanha e França teve como tema central de
conversa as energias renováveis. Concluiu-se que a transição energética passa pelo
“Corredor de Energia Verde”, o Acordo que pretende catapultar a transição energética no âmbito do Pacto Ecológico Europeu. Em comunicado conjunto, afirmaram que este corredor permitirá “completar o mercado energético da União Europeia e reforçar a transição energética no âmbito do Pacote Ecológico Europeu, nomeadamente ao facilitar o acesso a fontes e rotas de energia alternativas para a Europa”. Mas, afinal, o que é o Corredor Verde? Que impactos tem esse corredor par Portugal? Esclarecemos todas as dúvidas.
O que é o Corredor da Energia Verde?
António Costa, Emmanuel Macron e Pedro Sánchez sentaram-se à mesa para chegar a um entendimento sobre interconexões energéticas e concordaram na criação de um “Corredor de Energia Verde” que visa o transporte de energia verde para o centro da Europa. O Acordo foca-se principalmente no transporte de Gás e Hidrogénio Verde, estando prevista a construção de um gasoduto marítimo entre Barcelona e Marselha. O Acordo pretende não só responder à recente crise energética gerada pela situação de guerra na Ucrânia, mas também impulsionar uma transição energética que responda aos desafios lançados pela crise climática, procurando diversificar fontes de energia e criar um paradigma de segurança energética mais resiliente. O
primeiro-ministro português acrescentou que o Acordo permite consolidar a interconexão existente entre Portugal e Espanha (entre Celorico da Beira e Zamora) e que o Corredor poderá, em momentos transitórios, servir para o transporte de outras fontes de energia como o gás natural.
A Península Ibérica fica então ligada a França num esforço de dotar o continente europeu de uma maior flexibilidade energética. Segundo António Costa “está ultrapassado um dos bloqueios mais antigos da Europa”.
O que é o Hidrogénio Verde?
Um dos maiores desafios da sociedade nas próximas décadas será o da descarbonização. Para que isso aconteça, é necessário encontrar fontes de energia menos intensivas em carbono. É nessa busca que entra o Hidrogénio Verde, uma fonte energética formada através de um processo chamado eletrólise segundo o qual o hidrogénio é separado do oxigénio existente na água.
Este processo pressupõe que, se a fonte de energia eléctrica usada for renovável, o processo em si também pode ser 100% sustentável, uma vez que o Hidrogénio Verde não produz gases poluentes nem durante a combustão nem na produção. Trata-se de uma fonte de energia fácil de armazenar, algo que não acontece com a energia fotovoltaica e eólica, e relativamente versátil.
Contudo, para ser efectivamente “verde”, o seu processamento deve ser feito através de fontes de energia renováveis o que, atualmente e enquanto não houver um investimento sério na transição climática, o torna mais dispendioso. Além disso,
requer um maior gasto de energia e exige requisitos de segurança apertados por ser volátil e inflamável.
Nem todo o hidrogénio é “verde” e para que este elemento seja descarbonizado é necessária a existência de mudanças estruturais como a criação do “Corredor de Energia Verde”. A União Europeia tem-se focado na “limpeza” do hidrogénio, por acreditar que este pode ser um elemento fundamental para a transição para uma União Europeia neutra em carbono. Aqui pode ler mais sobre a Estratégia do Hidrogénio para uma Europa com Impacto Neutro no Clima.
O que significa para Portugal?
Se o século XXI é o século da acção climática, é também o do greenwashing. Neste campo, o forte investimento português no hidrogénio “verde”, formalizado através do Plano Nacional do Hidrogénio, tem suscitado dúvidas.
A Quercus é uma das organizações que alerta para as perigosas nuances que nascem da relação entre Portugal e o hidrogénio verde, sublinhando que para ser “verde” este elemento tem de ser gerado através de fontes de energia renováveis. e que essas fontes de energia renováveis não podem justificar a desflorestação de certas áreas do país. “O que estamos a assistir neste momento em Portugal é o avanço de mega centrais fotovoltaicas que vão ter necessariamente também um grande impacto pela utilização de solo e aumentar a desflorestação”, diz à TSF Alexandra Azevedo, da Quercus.
A aposta portuguesa nesta fonte de energia poderia significar que o país passasse a ser um pilar relevante da transição ecológica europeia, passando de mero importador de energia a exportador. Contudo, a implementação de
uma estratégia nacional ligada ao hidrogénio verde ainda não é consensual e, em resposta à Estratégia Nacional lançada em 2020, um grupo de 30 profissionais (que inclui um antigo ministro da Indústria e Energia de Cavaco Silva) assinou o documento “Os Erros da Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN2) – Manifesto para a recuperação do crescimento e estabilização económica pós Covid-19”.
A discussão sobre o tema vai continuar, até porque este acordo foi anunciado na véspera de mais uma discussão sobre a crise energética na União Europeia que arranca esta sexta-feira em Bruxelas, com os líderes europeus a estudarem medidas para combater os elevados preços e assegurar a segurança do abastecimento. Um encontro que é feito dias depois de a Comissão Europeia ter apresentado novas medidas para aliviar os preços do gás e da luz, a maior parte das quais terão efeito no inverno do próximo ano.

O ferry MV Sea Change começou a operar na Baía de São Francisco, nos Estados Unidos, e será gratuito nos próximos seis meses. O primeiro

Uma equipa de cientistas de Cambridge prevê todos os anos quais as questões relacionadas com a biodiversidade e o ambiente às quais o mundo tem

O projeto terá de respeitar exigências ambientais como a plantação de árvores, a introdução de colmeias e a cedência do terreno para pasto. A Agência
Este artigo aborda uma ação que promove a garantia de acesso universal a energia renovável e acessível para todos. O ODS 7 visa também duplicar a taxa global de melhoria da eficiência energética.
Este artigo aborda uma ação que promove a adoção de medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos. O ODS 13 também pretende melhorar a educação sobre mitigação das mudanças climáticas e redução de impacto.