O Parque da Bela Vista, em Lisboa, recebe o festival Kalorama para três dias cheios de música e festa, mas também alguma vontade de mudar o mundo. Sabe mais aqui.
Começa esta quinta-feira, dia 1 de setembro, o festival Meo Kalorama, que vem tornar ainda mais abrangente a oferta de música no país. Festivais não faltam em Portugal, música também não. E que importante é ver que já não só de música se fazem todos estes festivais. A sustentabilidade e inclusão fazem parte do planeamento destes eventos e o Kalorama não é exceção.
Em comunicado, a organização refere que o festival “está empenhado em implementar um modelo sustentável e inclusivo, capaz de envolver público e parceiros em iniciativas que visam transformar mentalidades e comportamentos, com o objetivo de reduzir ao máximo o impacto ambiental e, ao mesmo tempo, gerar benefícios culturais, sociais e económicos duradouros e capazes de fomentar o desenvolvimento e crescimento da comunidade local”.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas não foram esquecidos e podemos aqui dividi-los nas várias vertentes destes três dias de festa. No entanto, deixamos uma ressalva, esperando que seja ponto a mudar numa próxima edição: apesar de não haver copos descartáveis no festival, não é possível levar um copo de casa, inviabilizando assim a diminuição plena de resíduos.
Acessibilidade:
– Rampa de acesso
– Equipa de apoio da APPDI (Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão) para prestar apoio e informação, e indicar os serviços da acessibilidade
– Plataforma para idosos, grávidas, pessoas com mobilidade condicionada
Inclusão:
– WC binário e não binário nas 3 ilhas no recinto com cabines adaptada para mobilidade condicionada
-Nas frentes dos palcos haverá o espaço Vibração, junto as colunas para as pessoas surdas sentirem a vibração das músicas. Neste espaço podem ficar pessoas com mobilidade condicionada
– Jovens da APERCIM (Associação para Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Mafra) a trabalhar no catering
– Haverá um leilão com artigos doados pelos artistas para angariar fundos para projetos do Chelas é o Sitio (ONG local que promove a inclusão social através da música, arte e cultura localizada em Chelas)
Alimentação
– Oferta de comida vegan.
– Doação de sobras alimentares em boas condições no final do evento a famílias carenciadas locais com o apoio da REFOOD.
– Valorsul informa espaços de restauração sobre como separar resíduos
– Distribuição de sacos e contentores para separação dos resíduos
Ambiente:
– Com o apoio da CML para o fornecimento e contentores e recolha dos resíduos
– Valorsul faz campanha de sensibilização pelo recinto
– Contentores diferenciados e sinalizados para o público poder separar o lixo corretamente
– Recolha de orgânicos entre o público
– Doação de materiais no final do evento, que não consigamos reutilizar
– Quercus promove uma campanha de sensibilização do público
– Será calculada a pegada carbónica do evento, para que possam definir objectivos futuros a atingir e medidas de melhoria a aplicar
Podem consultar aqui todas as informações sobre o festival que decorre entre 1 e 3 de setembro no Parque da Bela Vista em Lisboa.
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