O Grupo LEGO pretende fabricar produtos a partir de materiais 100% renováveis e reciclados até 2032, tendo já testado mais de 600 materiais alternativos diferentes.
Depois de ter abandonado o plano para fabricar peças com 100% garrafas recicladas devido a problemas de custo e de produção no ano passado, a LEGO planeia agora produzir metade do plástico a partir de materiais renováveis ou reciclados até 2026.
A empresa espera reduzir o plástico à base de combustíveis fósseis que utiliza nas peças, pagando até 70% mais por resina renovável certificada para incentivar a produção. Atualmente, 22% do material não é produzido a partir de combustíveis fósseis.
A longo prazo, a fabricante planeia transitar totalmente para plástico renovável e reciclado até 2032, mantendo o mesmo nível de durabilidade, segurança e consistência. A empresa já testou mais de 600 materiais alternativos, incluindo óleo alimentar, gordura residual da indústria alimentar e vários materiais reciclados, como o bio-PE — utilizado para fazer mais de 200 elementos botânicos diferentes e acessórios Minifigure — e um novo material chamado arMABS, produzido a partir de mármore artificial reciclado e que se encontra em mais de 500 elementos LEGO transparentes.
No entanto, estes custos podem ser duas ou três vezes superiores, uma vez que o mercado ainda se encontra em desenvolvimento.
No ano passado, a LEGO comprometeu-se a triplicar o investimento em sustentabilidade para 3 mil milhões de dólares por ano até 2025, prometendo ao mesmo tempo não aumentar o preço dos produtos. “Até agora, decidimos que vamos suportar o fardo e [o custo extra] sai do nosso resultado final. Não temos a certeza de que os consumidores estejam dispostos a pagar”, explicou o diretor executivo da LEGO Niels Christiansen ao The Guardian.
Segundo Christiansen, o investimento tem como objetivo “tentar forçar a indústria a desenvolver-se” e “mudar a cadeia de abastecimento” através do aumento da procura. Desta forma, o diretor executivo espera promover o desenvolvimento de materiais novos ou mais baratos que ajudem a LEGO a atingir o seu objetivo para 2032.
Mais estratégias de sustentabilidade
No mês passado, a empresa lançou uma campanha para incentivar as famílias a passarem as suas peças LEGO de geração em geração, evitando o desperdício.
“As peças LEGO foram concebidas para serem usadas vezes sem conta – e queremos que os nossos fãs as mantenham em jogo, passando-as quando já não estiverem a ser usadas. O valor duradouro das peças LEGO está intrinsecamente ligado ao nosso compromisso com a sustentabilidade. Ao conceber peças que duram gerações, o nosso objetivo é inspirar uma criatividade sem fim e impedir que as peças LEGO se transformem em resíduos. E para além de encorajarmos os fãs a manterem as peças em jogo, continuamos a explorar mais formas de as reutilizar através das nossas iniciativas de retoma”, refere Annette Stube, Diretora de Sustentabilidade, em comunicado.
No início deste ano, a LEGO expandiu o seu programa de retoma LEGO Replay para o Reino Unido e continuou a testar modelos semelhantes nos Estados Unidos e na Europa.
A introdução de sacos pré-embalados à base de papel e o desenvolvimento de um material chamado ePOM, que mistura energia renovável e dióxido de carbono de biorresíduos, também são parte dos esforços para tornar os produtos LEGO mais sustentáveis.
Em 2023, o Grupo LEGO aumentou os gastos em iniciativas ambientais em 60% em comparação ao ano anterior e até 2025 planeia duplicar o seu investimento anual em comparação a 2023. O objetivo da empresa é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 37% até 2032 (em relação a 2019) e atingir zero emissões líquidas até 2050.
Podia ter entrado em Meteorologia e Oceanografia, mas acabou por estudar Comunicação. E ainda bem, porque se não acertam nas previsões, não era ela que iria mudar isso. Começou por procurar ideias e projetos sustentáveis para a universidade e desde aí, nunca mais parou (quem é que para realmente?). Adora ver séries, mas vê poucas porque é uma pessoa difícil. Já para abraçar novos hábitos e desafios mais “verdes”, não precisa de muito para a convencer.
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