Os estudantes estão em luta, ocupando escolas e lançando palavras de ordem pelo fim do fóssil. Sabe mais sobre estas semanas de reivindicações e de que forma podes contribuir.
Os estudantes de Lisboa, Porto, Faro e Coimbra unem-se novamente para ocupar as suas escolas e universidades em nome da justiça climática. O plano das “Ocupas da Primavera” é pedir à sociedade civil que se envolva e que não deixe a resolução da crise climática apenas para os jovens ativistas.
Os estudantes seguem uma forma de desobediência civil pacífica e usam como mote as palavras do Secretário Geral das Nações Unidas António Guterres: Precisamos de disrupção para parar a destruição”.
Em luta há várias semanas, pedem o fim do investimento em combustíveis fósseis até 2030 e o acesso a electricidade geral a fontes 100% renováveis até 2025. A Greve Climática Estudantil, coletivo de estudantes que luta por justiça climática, explica que a ação só estará terminada quando 1500 pessoas se comprometerem a participar no protesto da plataforma de ação ´Parar o Gás´, no dia 13 de Maio, na principal entrada de gás fóssil de Portugal, o Porto de Sines (através da assinatura ou da própria presença). Segundo o movimento, esta é uma etapa fulcral para que se cumpra o objetivo de garantir o acesso generalizado a energia renovável e para que não se crie uma nova dependência num combustível fóssil, o gás natural.
Centenas de estudantes decidiram lutar pelo seu futuro e pelo futuro do planeta, ocupando as suas instituições de ensino. António Arroio, Liceu Camões, Faculdade de Belas Artes de Lisboa, Faculdade Nova de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa, Escola Secundária Rainha Dona Leonor, Instituto Superior Técnico e outras instituições do país estiveram ocupadas ou com partes do estabelecimento bloqueadas nas últimas semanas.
As ocupações do passado semestre tiveram um grande impacto. Se por um lado, alguns representantes do movimento chegaram a reunir com o Ministro da Economia, por outro, quatro estudantes da ocupação pacífica que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) foram condenados por desobediência civil com uma multa de 295 euros.
A luta mais recente, que teve início a 26 de abril, não tem conseguido o mesmo impacto e, ao fim de uma semana de ocupação de escolas secundárias e de faculdades em Lisboa, Coimbra e no Porto, conseguiram reunir apenas 150 assinaturas de apoio à manifestação marcada pelo movimento “Parar o Gás” e prevista para dia 13 de maio no porto de Sines, bem longe dos 1500 que tinham assumido como meta.
Por isso mesmo, o grupo Greve Climática Estudantil sublinha que não pode ser apenas a comunidade estudantil a colocar a sua vida em pausa em nome do planeta:
“Sabemos que não devia ser assim. Sabemos que não devíamos ter de fazer resistência civil pela nossa vida, nem ocupar e faltar às aulas pelo nosso futuro. Sabemos que vivemos tempos difíceis que se agravam a cada dia com a crise climática e do custo de vida, e é difícil pedirmos-te que faças mais do que já tens feito, quando a culpa não é tua. Mas é por um profundo amor para com a vida na terra, um grande medo para com o nosso futuro, e uma enorme esperança acerca do que podemos alcançar se nos mobilizarmos em conjunto, que te pedimos para agires connosco”, escrevem no site
Os pais, educadores, e todos os membros da sociedade devem procurar ter um papel ativo nestas ações.
A Peggada mostra-te de que forma podes apoiar este movimento:
– Preenche o formulário para participar na ação de Sines dia 13 de Maio através deste link.
– Se gostas de fotografia oferece-te para fotografar as diversas Ocupações em curso;
– Segue as redes sociais da Greve Climática Estudantil e das múltiplas Ocupações para estares a par das diversas formas como podes ajudar. Podes encontrar as Ocupações do Liceu Camões e da Faculdade Nova de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa em @ocupacamoes e @ocupafsch.
– Mobiliza os teus amigos e família, conversa com eles sobre estes temas e convida-os para participar em ações e manifestações.
– Junta-te a uma Ocupação ou ajuda os ativistas da tua faculdade ou escola.
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Este artigo aborda uma ação que promove a adoção de medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos. O ODS 13 também pretende melhorar a educação sobre mitigação das mudanças climáticas e redução de impacto.
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