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A ARS é uma estrutura de investigação sedeada no Fundão. Fica a conhecer este espaço especial.
Baseada no Fundão, no distrito de Castelo Branco, a ARS é uma organização multidisciplinar focada em sentar à mesa cientistas, artistas e todos aqueles que estejam dispostos a aceitar o desafio de pensar e agir sobre a emergência ecológica. A Peggada esteve à conversa com Carlos Fernandes, diretor-geral, para conhecer melhor os objetivos da associação, e como todos podemos ser parte deste projeto. Fazemos aqui um resumo do que mais distingue este projeto, para que todos a possamos conhecer melhor.
A ARS une Arte e Ciência e convida pessoas de diferentes áreas – essencialmente artistas, cientistas e visitantes — a rumarem ao Fundão para debaterem e agirem sobre uma emergência ecológica que a todos diz respeito, favorecendo um diálogo entre diferentes estruturas de pensamento e linguagens. Posto isto, o convite detém um segundo nível de profundidade. Os convidados (com os mais diversos backgrounds) são chamados a lidar com a crise ambiental, trabalhando em conjunto, unido as respetivas competências. “É imprescindível ver e lidar com a complexidade do mundo em todos os seus níveis. A simplificação obscurece”, considera Carlos. É por isso que o responsável prefere usar a expressão “emergência ecológica”, ao invés de crise climática”, por considerar que reflete melhor as várias nuances da crise, não se ficando apenas pela questão climática.
A sede da ARS fica no Fundão, sendo que o seu contexto geográfico é algo que marca a ação que desenvolve. “Sempre a dimensão territorial, sempre o envolvimento com a paisagem”, refere Carlos. Para o responsável, este é o contexto perfeito para compreender as múltiplas relacões entre o individuo e a natureza, quer seja a natureza intocada quer sejam os espaços mais poluídos e grotescos.
A ARS pretende responder à proximidade que tem com as Minas da Panasqueira
e com a verdadeira montanha de lixo tóxico que resultou desta exploração mineira. Compromete-se ainda a responder a outras características da região como é o caso do isolamento de certas populações e da destruição de ecossistemas. A valorização das populações locais e tradições rurais, o convite à descentralização e a denúncia do efeito que as Minas da Panasqueira tiveram nas populações e paisagens locais são algumas das formas como esta estrutura se relaciona com o seu meio envolvente. Esta posição geográfica é por si só um convite a todos aqueles que desejam explorar uma forma de participação cívica no âmbito do ativismo ecológico que não se limite apenas às esferas urbana ou digital.
Para que consigam abranger todas as frentes a que se propõem, a estrutura subdivide-se em várias linhas temáticas – ou Laboratórios – que servem de balizas de investigação a cientistas, artistas e visitantes. São 16 os Laboratórios criados para pensar diferentes vertentes da relação do ser humano com o sistema natural e todos eles mereceriam um momento de destaque. Contudo, a nossa conversa acabou por incidir essencialmente sobre o Laboratório “Habitantes da Montanha” que convida todos aqueles que o integram a pensar a vida rural e pastoril, o isolamento social e cultural de várias comunidades e a fragilidade destas mesmas comunidades às alterações climáticas e às mais diversas formas de poluição. No fundo, trabalha um dos pontos fundamentais da crise climática: o diálogo e a solidariedade entre gerações.
Resta apenas perceber de que forma podes aceitar este convite e fazer parte deste projeto. Partindo da ideia que “o património pode ser um museu, uma montanha, uma paisagem”, como lembra Carlos Fernandes, a ARS tem uma serie de programação artística e cientifica gratuita ao longo do ano.
Além dessa parte, ao explorares o site do projeto, encontras segmentos como a “Criação e Investigação Artística e Científica” e a “Aprendizagem e Inovação Social”, duas das formas que tens para te poderes aproximar deste projeto. Ao integrares a vertente da Aprendizagem podes participar em cursos avançados e pós-graduações. A vertente da Investigação fomenta projetos de pesquisa, seminários e simpósios enquanto a Experiência passa pela criação de projetos teórico-práticos de desenvolvimento. Finalmente, há diversas apresentações públicas, conferências, seminários, oficinas abertas, exposições e performances que podes explorar.
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Este artigo aborda uma ação que promove a adoção de medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos. O ODS 13 também pretende melhorar a educação sobre mitigação das mudanças climáticas e redução de impacto.
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