
Março volta a ser o Mês do Granel — e a Peggada faz parte do movimento
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Um dos objetivos do projeto da Universidade de Coimbra consiste em criar uma “Casa Refúgio”, uma infraestrutura com um risco de incêndio florestal tão baixo que permite às pessoas refugiarem-se com confiança no seu interior em situações de incêndio florestal.
Com as alterações climáticas a intensificar a frequência e intensidade dos incêndios, o projeto português “House Refuge” surge para promover novas abordagens em segurança e construção para mitigar os seus impactos, combinando ciência, tecnologia e práticas construtivas para proteger vidas e propriedades em situações de catástrofe.
Liderada pela Associação para o Desenvolvimento de Aerodinâmica Industrial (ADAI), da Universidade de Coimbra, esta iniciativa junta investigadores, cientistas e técnicos que, após realizarem diversos estudos, concluíram que “as casas tradicionais, quando bem concebidas e mantidas, podem servir como locais seguros em caso de incêndio, desde que rodeadas por áreas de gestão de combustíveis adequadas”, lê-se numa nota da Universidade de Coimbra.
No entanto, as construções em Portugal têm mostrado vulnerabilidades que, apesar de poderem ser corrigidas, implicam intervenções planeadas.
“A legislação atual exige uma faixa de segurança de 50 a 100 metros em torno das habitações e aglomerados, respetivamente, mas estas distâncias são, por vezes, inadequadas. O projeto propõe uma abordagem mais flexível e cientificamente sustentada, adaptada à topografia e perigosidade do local. Em áreas como encostas, por exemplo, uma configuração em elipse pode oferecer uma proteção mais eficaz do que o formato circular habitualmente aplicado”, aponta Miguel Almeida, investigador principal do projeto, citado na nota.
O propósito último do projeto passa por conceber uma “Casa Refúgio” (House-Refuge), “uma infraestrutura com um risco de incêndio florestal de tal forma baixo que permite que as pessoas se refugiem com confiança no seu interior numa situação de incêndio florestal”, lê-se no website do projeto.
Os especialistas reconhecem que as capacidades dos meios de proteção civil podem ser insuficientes em cenários extremos, especialmente devido à crise climática, o que evidencia a necessidade de a população adotar medidas de autoproteção eficazes.
“Este projeto visa criar diretrizes que ajudam os cidadãos a transformar as suas habitações em abrigos seguros, usando técnicas passivas, como a gestão apropriada de combustíveis, boas práticas construtivas e técnicas ativas, como sistemas de aspersão” ou sistemas mais inovadores, como telas ignífugas, refere o investigador da ADAI.
Para atenuar o risco de incêndio rural, o Projeto “House-Refuge” pretende elaborar diretrizes para a construção de edifícios combinando as duas componentes do sistema: construção e área envolvente.
“Ao nível da envolvente serão definidas características de forma a impedir que o incêndio florestal atinja as habitações. Estas definições passam pela conceção de faixas de descontinuidade de combustível e pela construção de barreiras que impeçam a propagação do incêndio, entre outras soluções. Ao nível da construção propriamente dita, serão estudadas as melhores soluções construtivas que evitem a ignição e o desenvolvimento do incêndio após atingir o edifício (e.g. materiais usados, soluções arquitetónicas e de engenharia civil, etc.)”, explica o projeto no site.
Até ao momento, o projeto alcançou avanços significativos, como a compilação de legislação nacional e internacional sobre proteção de construções contra incêndios rurais e a análise de casos de estudo, visando informar e influenciar futuras reformas legais e orientar melhores práticas construtivas.
Os principais resultados incluem recomendações para legislação adaptada à realidade portuguesa e às especificidades da interface urbano-florestal, definição de melhores práticas para atenuar riscos em áreas rurais e uma avaliação do mercado de seguros relativamente à cobertura de risco de incêndio, evidenciando a necessidade de reformas no setor.
“O projeto House Refuge é um passo decisivo para que Portugal avance na sua capacidade de enfrentar incêndios na interface urbano-florestal, integrando componentes de proteção civil, sustentabilidade e inovação tecnológica. Com uma abordagem multifacetada, o projeto promete criar comunidades mais resilientes e preparadas para o futuro”, conclui Miguel Almeida.
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