Portugal entra no topo da lista de países da UE no que diz respeito ao consumo de energia renovável.
Desde 2020, o que coincide com o início da pandemia de COVID-19, que o consumo de eletricidade gerada por fontes sustentáveis tem vindo a aumentar, segundo dados da Eurostat. Este ano, a tendência mantém-se e a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) refere que, desde o início do ano até finais de maio, 73,5% da energia consumida em Portugal Continental é de origem renovável; superando os 59% abastecidos em 2021 e contabilizando um recorde para o país.
Só no mês de maio os dados fornecidos pela associação evidenciam que 67,4%
dos 2.926 GWh de eletricidade resultou de energias verdes. É também desde janeiro que a eletricidade renovável preveniu que milhões de euros fossem gastos na importação de gás natural e de eletricidade, setores que emitem cerca de 1,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
A APREN salientou ainda que o aumento da utilização de energia renovável, em comparação com os dados obtidos no ano passado, foi possível devido ao decréscimo da incorporação fóssil (14,6%).
Ao apostar nestas energias Portugal torna-se um dos líderes sustentáveis entre os países da União Europeia, posicionando-se em quarto lugar e ficando somente atrás da Áustria, Suécia e da Dinamarca (dados do Eurostat).
Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, destaca o objetivo de conseguirmos chegar aos 80% de eletricidade proveniente de energias renováveis, e lembra que o investimento exercido pelo governo se traduz num total de 25% para o PIB nacional.
O responsável refere que os números conseguidos são provenientes de energia eólica e hídrica, sendo que estes podem sofrer quedas caso exista períodos prolongados de seca e sem vento, algo a ter em consideração com as ondas de calor verificadas em junho.
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