Há um novo serviço ao domicílio que faz o diagnóstico de eficiência energética. Foi lançado pela Coopérnico, que quer combater a pobreza energética generalizada.
É a situação habitual para muitas famílias: uma casa que no inverno é muito fria e que, no verão, está mais quente do que o exterior. A eficiência energética dentro das habitações está longe de ser uma realidade em Portugal, onde existem entre 660 a 680 mil pessoas que vivem numa situação de pobreza energética severa, sem dinheiro para aquecer as casas no Inverno ou refrescá-las no Verão.
Tendo em conta este cenário, a cooperativa de energias renováveis Coopérnico lançou diversas iniciativas de combate à pobreza energética, incluindo visitas domiciliárias de aconselhamento, no âmbito do projeto Powerpoor. Nestes dois anos, a Coopérnico organizou em média uma visita por semana, mas há potencial para mais, avança o “Público”.
Durante a visita, são analisadas as faturas de eletricidade, para ver se a potência contratada é a mais adequada — são muitas as vezes que os clientes estão a pagar mais do que realmente necessitavam, podendo escolher uma potência mais baixa. De seguida são analisados os pormenores que podem estar a fazer aumentar a conta de eletricidade, nomeadamente eletrodomésticos antigos ou em mau funcionamento ou aparelhos em standby ao longo do dia.
Depois, são analisadas as formas de conseguir um melhor isolamento da casa a baixo custo, como rolos de areia nas portas ou calafetagem das janelas.
Para algumas destas intervenções, há já apoios do Estado, os chamados “vales-eficiência”, lembra o “Público”, que adianta que estes podem ser obtidos para obras tanto a nível da habitação como do condomínio.
As visitas domiciliárias gratuitas são realizadas a pedido (inscrições aqui) por um Apoiante e Mentor de Energia, formado e certificado pela Coopérnico, e que está integrada numa rede nacional de Apoiantes e Mentores de Energia, cujo desenvolvimento foi alavancado pelo projecto europeu Powerpoor, que combate a pobreza energética.
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