Campus do ISEG cria uma mini floresta em Lisboa
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Os residentes de Villa Botanis, no Chile, participaram num programa contra incêndios, onde receberam ferramentas e formação de modo a estarem mais bem preparados para oum próximo incêndio.
No início de fevereiro, as cidades costeiras chilenas de Vina del Mar e Valparaíso foram palco do pior desastre sul-americano desde 2010, quando incêndios florestais devastaram a zona, destruindo milhares de casas e provocando pelo menos 132 mortes.
No entanto, apesar de ter sido cercado pelo fogo, o bairro Villa Botania, situado no alto de uma colina cercada de mato e constituído por cerca de 70 casas, não foi afetado. Segundo os moradores e as autoridades, as chamas não tocaram em nenhuma das casas e todos os habitantes conseguiram sair a tempo graças a um projeto comunitário destinado a reduzir os danos causados pelos incêndios florestais.
Em declarações à Agência EFE, os habitantes locais disseram que o que muitos veem como uma sorte é o resultado de intensos treinos e ações de limpeza, da gestão racional da vegetação do território e, acima de tudo, do empenho de uma comunidade coesa e com papéis bem definidos num modelo que pode ser aplicado ao resto do Chile e expandido para o resto do mundo.
Villa Botania é uma das várias comunidades envolvidas num programa contra incêndios financiado pela organização norte-americana USAID, juntamente com a Corporação Nacional Florestal (Conaf) e a Caritas Chile, explicou à EFE Rodrigo Vargas, um vizinho e coordenador do programa no bairro Villa Botania.
A cidade de Quilpué, onde se localiza o Botania, tinha identificado o bairro como uma das comunidades mais vulneráveis e os seus residentes rapidamente concordaram em juntar-se a este projeto-piloto, como forma de começar a preparar-se para o próximo incêndio. Nesse sentido, os oficiais florestais chilenos produziram um relatório de risco para determinar os maiores riscos de incêndio e orientaram os residentes para saberem como lidar com eles.
Antes das chamas se aproximarem, a comunidade uniu esforços e abriu um caminho largo à volta da comunidade, removendo todos os detritos para criar um corta-fogo, participou em sessões de planeamento semanais e instalou um centro de comando equipado com um gerador elétrico e walkie-talkies. Além disso, os residentes limparam regularmente a área circundante de todos os materiais potencialmente inflamáveis, cortando as árvores, fazendo a poda e recolhendo o lixo que cercava as casas, e aprenderam a utilizar pulverizadores de água para encharcar o solo e retardar o avanço das chamas.
Além da formação, as comunidades integrantes receberam também um kit de ferramentas, juntamente com outros recursos que cada comunidade geriu de acordo com a sua realidade.
Apesar da participação do bairro Villa Botania, 250 casas da zona (no Canal Chacao) foram atingidas pelo incêndio, quase todas elas contíguas a terrenos privados onde os proprietários resistiram a podar a vegetação.
Os assentamentos irregulares — zona de acampamentos aliegais — foram intencionalmente deixados de fora do projeto, uma vez que se trata de uma “realidade complexa”. “Estão quase todos em áreas de risco, propensas a incêndios, inundações e remoção em massa, lugares onde nenhuma construção regulamentada seria possível, tornando muito complexo estabelecer planos de prevenção adequados”, justificou a prefeita de Quilpué, Valeria Melipillán, ao Washington Post.
Segundo o mesmo jornal, um porta-voz da USAID referiu que a organização quer alargar o programa para incluir comunidades mais vulneráveis. “Embora os assentamentos informais não tenham sido incluídos na primeira fase deste programa, estão em andamento conversas sobre como incorporar outras comunidades em risco nas fases futuras”.
As autoridades acreditam que os incêndios deste mês tenham sido provocados de forma intencional. Os cientistas dizem que uma combinação volátil de seca, alterações climáticas e El Niño acabou por acelerar a sua propagação. Na última década, arderam três vezes mais terras no Chile do que na década anterior, segundo um estudo publicado na revista Scientific Reports.
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