Novo estudo da Deco revela que 48% dos portugueses não adota práticas alimentares mais sustentáveis por causa do preço.
“É muito caro” parece ser a principal resposta que a maioria dos portugueses dá para não adotar comportamentos mais sustentáveis no seu dia-a-dia. A conclusão é do novo estudo da Deco Proteste, que analisa cinco grandes áreas da sustentabilidade: alimentação; viagens e mobilidade; água e energia; compra de produtos e serviços; gestão de resíduos.
O preço é o principal travão à instituição de comportamentos mais sustentáveis em matéria de alimentação (48%) e também no setor da água e energia (33%). Para Elsa Agante, especialista para a área da energia e sustentabilidade da Deco, isso deve-se ao facto de ainda existir “a ideia de que o que é sustentável é mais caro, mas nem sempre é verdade”.
Ainda assim, os números divulgados revelam que os consumidores muitas vezes
não adotam práticas mais sustentáveis por causa do preço de equipamentos mais
eficientes (em matéria de água e energia) ou dos custos associados à aquisição de um carro elétrico (referente à categoria de viagens e mobilidade).
Somente na área de gestão de resíduos é que o preço não parece ser o entrave principal. Apesar de os portugueses até terem reciclado mais em 2021, a especialista, em entrevista ao “Jornal de Negócios”, sublinha que é a “falta de serviços ou infraestruturas disponíveis, como ecopontos”, que leva a que 53% dos inquiridos não adote práticas
mais sustentáveis.