Os Espaços Cidadão Energia serão criados a nível local e deverão promover a consciencialização sobre a importância da eficiência energética e oferecer orientação face aos apoios disponíveis para cidadãos e empresas.
Até final do próximo ano, Portugal vai ter 50 pontos “Espaço Cidadão Energia” espalhados pelo país com o intuito de informar e esclarecer as pessoas na área da energia e da sustentabilidade energética.
Nos primeiros trimestres deste ano deverá ser estudado o modelo, com cinco projetos-piloto a começar no último trimestre e a implementar em 2025.
Esta previsão foi avançada pelo presidente da Agência para a Energia (ADENE), Nelson Lage, e destacada pela secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura Gouveia, numa sessão sobre a Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética (ELPPE) 2023-2050, publicada a 8 de janeiro, em Diário da República.
Nos Espaços Cidadão Energia será possível recolher informações sobre diversas áreas da energia e promover a consciencialização sobre a importância da eficiência energética. Estes locais deverão ainda oferecer apoio técnico, avaliação das casas relativamente ao desempenho energético e orientação face a soluções disponíveis de apoios para os cidadãos e empresas interessados em reduzir o seu impacto ambiental, melhorar o conforto térmico, aceder a incentivos e financiamento, e ao mesmo tempo, pagar menos na fatura energética.
O objetivo da ELPPE é reduzir para 1% a fatia da população que vive com frio em casa em 2050.
Para atingir este objetivo, Ana Fontoura declarou que o país tem vindo a acumular conhecimento no combate à pobreza energética, nomeadamente com a autonomia na atribuição do apoio da tarifa social de energia e a reformulação dos vales eficiência (cuja primeira fase não correu como desejado).
Tudo isto foi e continuará a ser alcançado em diálogo com as autoridades locais e associações, para que consigam chegar às famílias vulneráveis e apoiá-las.
“Com estes espaços acreditamos que estamos a contribuir para a diminuição da iliteracia energética”, defendeu Nelson Lage, destacando que estes espaços são “importantes veículos de proximidade”.
A criação dos Espaços Cidadão Energia ficará a cargo do Observatório Nacional da Pobreza Energética.
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