Portugal é um dos países europeus que mais consome água engarrafada
A água da torneira é perfeitamente segura para consumo, mas isso não impede que cada português consuma 140 litros de água engarrafada por ano. Itália
A Conferência da Água na ONU é o evento mais importante sobre o tema até agora. Neste artigo fica a saber os pontos mais importantes deste evento que vai marcar o futuro do planeta.
De 22 a 24 de março chega a Nova Iorque uma Conferência exclusivamente dedicada à Água e à sua gestão sustentável. O evento organizado pela Organização das Nações Unidas regressa passado passados quase 50 anos com a ambição de criar mais medidas de proteção e gestão deste recurso fundamental.
O acesso a água potável e a saneamento é o sexto dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável enumerados pelas Nações Unidades, uma vez que este é um ponto fundamental para o desenvolvimento sustentável de uma sociedade. A falta de acesso à água compromete a saúde individual, a saúde pública e até o acesso à
educação de várias populações ao redor do globo. Além disso, vários ecossistemas marítimos e aquáticos estão em perigo devido à poluição e ao aquecimento global, colocando várias espécies e populações em perigo. Finalmente, o oceano desempenha um papel fundamental na luta contra o aquecimento global por ter a capacidade capturar carbono da atmosfera.
A conferência pretende unir à volta da mesa das Nações Unidas, na sede de Nova Iorque, ativistas ligados à água para partilhar conhecimento e soluções. Esta será a oportunidade para debater pontos fundamentais para uma boa gestão da água, como é o caso da inovação neste setor, da educação e da criação de cidades e sociedades resilientes. Neste momento de debate global está em cima da mesa a revisão do plano de ação para a água, que vai ser discutido durante os três dias de debates formais. A´Midterm comprehensive review of the implementation of the International Decade for Action, “Water for Sustainable Development”, 2018–2028´, nome oficial da conferência, vai focar-se na relação entre a água e os direitos humanos e a ação climática, e ainda às melhores formas de implementar soluções na próxima década.
António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas, sublinha que o objetivo desta Conferência é a criação de agendas mais ambiciosas em relação à água, já que o contrário significa o fracasso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a violação de direitos humanos e finalmente uma ameaça à paz e ao desenvolvimento.
Para além dos debates centrais, a Conferência é composta de uma série de eventos complementares de consciencialização em relação à importância deste recurso. Organizações não governamentais, organizações da sociedade civil, instituições académicas, a comunidade científica, o setor privado e organizações filantrópicas são convidados a dinamizarem um conjunto de ações direcionadas para uma gestão sustentável da água. Estes eventos dizem respeito a questões mais específicas como a sabedoria das comunidades indígenas em relação à gestão de água, programas de educação em certas regiões do globo ou ainda a importância dos glaciares.
Segundo a BBC, as Nações Unidas estimam que a seca gerada pelas alterações climáticas matou cerca de 43 mil pessoas o ano passado na Somália, responsável por menos de 0,01% das emissões de carbono a nível global. É urgente repensar a forma como os nossos hábitos individuais contribuem para tal realidade e aproveitar estes momentos de consciencialização para criar mudanças. Há marchas, petições e organizações que podes apoiar e que se dedicam a este recurso tão importante para o desenvolvimento sustentável da sociedade. A Zero tem disponível uma petição contra a Mineração em mar profundo nos Açores que podes assinar aqui. Existem também várias organizações que podes apoiar e que se dedicam a levar água potável a todas ascomunidades que ainda carecem desse bem essencial como é o caso da Thirst Project.
Finalmente, há certos hábitos que podes implementar diariamente e que significam
uma gestão mais responsável deste recurso. Um estudo conduzido pela Comissão
Europeia demonstrou que ter uma dieta de base vegetal pode reduzir em mais de metade o consumo diário de água a nível individual.
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Este artigo aborda uma ação que promove a proteção e restauração dos ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas húmidas, rios, aquíferos e lagos.
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