Gal. No café dos croissants vegan também se combate o desperdício
Abriu nos Anjos, em Lisboa, um café vegan, de café de especialidade e que todos os dias luta contra o desperdício alimentar. Bem-vindos ao Gal.
Já serviu carne e peixe, já apresentou pequenos-almoços, brunches e até jantares. Agora tem uma carta vegetariana e serve almoços com o que vem dos produtores e da cabeça da Joana, a chef que não é chef e que prefere viver sem regras na cozinha.
Há sete anos Joana Oliveira não sabia cozer um ovo. Não é uma metáfora ou uma história daquelas giras e que fica bem contar quando agora falamos da dona de um dos restaurantes referência na arte de servir comida fresca, sazonal e com sabores originais.
A entrada desta engenheira do Porto no mundo da gastronomia é feita de acasos e poucas regras. Tudo começou quando decidiu dar uma mãozinha a umas amigas que abriram uma guest house e restaurante fora da caixa, ainda na Invicta. Foi lá que aprendeu a cozer o tal ovo, mas também a fazer panquecas, sumos e granola.
A granola passou para produção caseira, que com a ajuda da avó, ganhou até uma marca. “Como eu uso canela em tudo, a minha avó dizia muitas vezes “Lá está ela e a canela!”, conta Joana à Peggada. Vai daí que “Ela Canela” tenha sido o nome escolhido para a sua granola e, mais tarde, e já em Lisboa, também para o seu restaurante, que mantém aberto há seis anos em Campo de Ourique.
A viagem para sul deu-se sem grandes planos, a não ser a ideia de ter um espaço para fazer as suas granolas “e outras coisinhas de pequeno-almoço”, conta. Mas quando encontrou aquela loja de esquina cheia de luz percebeu que não podia ser só isso. Abriu então um restaurante diferente do que até ali se via em Lisboa, com opções vegetarianas, mas também de peixe e carne, com produtos da época, muitas vezes com um menu decidido no dia, com o que chegava de mais fresco.
Rapidamente deixou de servir carne para se focar nos pratos vegetarianos e na sua tão amada opção de peixe. “O chef Lucas Azevedo, que é também meu amigo, vinha para aqui de manhã cedo, antes de ir para o seu próprio restaurante, ensinar-me os cortes e também a forma de aproveitar tudo o que é possível aproveitar de um peixe”, refere.
No entanto, por ser a única da equipa a saber fazê-lo sem desperdício — e desperdício é algo que não acontece aqui — decidiu fazer uma pausa no peixe por uns tempos, até porque agora há outra parte da sua vida a pedir atenção. Joana foi mãe no ano passado e divide-se agora entre as suas duas paixões, cedendo o mínimo possível no tempo que passa com ambas.
Se inicialmente abria das 10h às 18h, a servir desde pequenos-almoços, almoços a lanches, já passou pela fase dos brunches e até dos jantares. Agora, e até á próxima mudança, está aberto das 12h às 16h de terça a sábado.
A carta muda a cada quatro ou cinco semanas, para se manter o mais sazonal possível. Mas pode respirar de alívio, as panquecas estão sempre lá, bem embrulhadas naquela manteiga de avelã que já as tornaram famosas na cidade. Agora, é bom que não se agarre emocionalmente aos sabores de sempre e se deixe levar pelo que há de mais rico no momento. É assim que são compostos os pratos e as tostas.
Agora, época de espargos, são eles que servem de topping àquela fatia de pão de fermentação lenta. Já as sopas e as saladas e legumes que compõem os pratos são comandados pelo que chega dos produtores a cada semana.
Joana admite que nunca pensou “Vou abrir um restaurante sustententável”. Simplesmente aconteceu, levando as boas práticas que tinha desde miúda para o espaço que agora é seu. “A minha mãe regava as plantas com a água que usava para lavar os vegetais e tinha sempre as janelas abertas para aproveitar ao máximo a luz do sol”, recorda. No Ela Canela é igual e não é por acaso que aquele pé alto é totalmente envidraçado. “Raramente temos que acender a luz”, conta.
Além disso, as loiças são todas portuguesas e os produtos são o mais locais quanto possível, dando preferência ao biológico.
Oferecem sempre água da torneira e têm já vários clientes que trazem a sua própria embalagem para o take away. Com esses e com todos, Joana gosta de ter uma relação de proximidade, e não se inibe de dizer para avisarem caso haja algum ingrediente no prato que não gostem, para que possam fazer uma troca. “Prefiro tudo a ver comida ir para o lixo”. Nós também, e é por isso que o Ela Canerla não poderia faltar na lista de restaurantes mais sustentáveis da Peggada.
A Zomato e a Peggada uniram-se no lançamento de uma nova Coleção Eco e Sustentável.
A Zomato é a app de descoberta de restaurantes mais utilizada em Portugal. O conteúdo atualizado inclui os menus dos restaurantes, fotos, moradas e outras informações, os utilizadores podem ainda avaliar e dar opinião sobre os restaurantes. É a app mais completa para quem procura opções para comer fora, serviço de take-away, reservas, soluções contactless para a restauração, e lançou recentemente o serviço de Delivery – nova app Zomato.
Abriu nos Anjos, em Lisboa, um café vegan, de café de especialidade e que todos os dias luta contra o desperdício alimentar. Bem-vindos ao Gal.
Restaurantes, lojas a granel, cabazes e lojas de roupa em segunda mão. Há um pouco de tudo nas Caldas da Rainha, um exemplo no que
O Pequeno Café Bistrô abriu há quatro anos no Mercado de Arroios, num espaço pequeno — bem apropriado para o nome escolhido — e que todos os
Este artigo promove uma ação que incentiva à diminuição de geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reutilização.
➡️ Para descobrir mais negócios que estão alinhados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 “Produção e Consumo Sustentáveis” clica aqui.
➡️ Para ver notícias, dicas e entrevistas sobre este tópico, clica aqui
➡️ Queres saber mais sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas? Clica aqui
Esta publicação também está disponível em: English (Inglês)
Para estar a par de tudo o que acontece na área da sustentabilidade, consumo responsável e impacto social.