Novo satélite climático da NASA permitirá compreender melhor o aquecimento do planeta
O satélite PACE da Nasa fornecerá informações sobre como o oceano e a atmosfera interagem e de que forma as alterações climáticas afetam essas interações.
Hoje, dia 2 de agosto, chegamos ao Dia da Sobrecarga da Terra, ainda que tenhamos 150 dias até ao fim do ano.
Ainda que um dia mais tarde do que em 2022, já esgotamos os recursos naturais anuais da Terra, e ainda vamos no início de Agosto. Na prática, o Dia de Sobrecarga da Terra assinala o momento em que os recursos e serviços ambientais que a humanidade consome já excederam a capacidade do planeta Terra de os regenerar.
A partir de agora torna-se necessário usar recursos naturais que só deveriam ser utilizados a partir de 1 de Janeiro do ano seguinte.
“O que os dados nos indicam é que a Humanidade tem de acelerar o passo e promover as mudanças necessárias de forma a reduzir o impacte que as suas atividades e necessidades têm sobre a capacidade de carga do planeta”, explica a Associação Zero, no seu site.
Apesar de os últimos anos a data em que este fenómeno acontece ter estagnado, esta tendência é insuficiente para alcançar os objetivos do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPPC) de reduzir as emissões de carbono a nível mundial em 43% até 2030 (tendo por referência 2010). Para que tal seja possível, teremos de retirar 19 dias em cada um dos próximos sete anos.
A associação faz uma comparação ao longo dos anos: se em 1973, este dia foi assinalado a 3 de dezembro, desde aí a data foi sempre antecipada. Em 1993 aconteceu a 27 de outubro, em 2003 a 12 de setembro, e em 2013 a 3 de agosto.
A Zero explica ainda como é que é feito este cálculo:
O dia da sobrecarga do planeta é calculado dividindo a biocapacidade do planeta (a quantidades de recursos maturais que o Planeta Terra consegue gerar/providenciar num ano) pela pegada ecológica da Humanidade (a procura de recursos durante um ano), tendo em consideração os 365 dias de cada ano.
Tal como um extrato bancário dá indicação das despesas e dos rendimentos, a Pegada Ecológica avalia as necessidades humanas de recursos renováveis e serviços essenciais e compara-as com a capacidade da Terra para fornecer tais recursos e serviços (biocapacidade).
A Pegada Ecológica mede o uso de terra cultivada, florestas, pastagens e áreas de pesca para o fornecimento de recursos e absorção de resíduos (dióxido de carbono proveniente da queima de combustíveis fósseis). A biocapacidade mede a quantidade de área biologicamente produtiva disponível para regenerar esses recursos e serviços.
O satélite PACE da Nasa fornecerá informações sobre como o oceano e a atmosfera interagem e de que forma as alterações climáticas afetam essas interações.
O Relógio do Apocalipse é definido por cientistas com base numa série de ameaças criadas pelo Homem. Guerras, escalada nuclear, crise climática e inteligência artificial
As temperaturas globais atingiram valores nunca antes alcançados em 2023. Os recordes foram sendo batidos todos os meses, o que resultou no ano mais quente
Este artigo aborda uma ação que promove a adoção de medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos. O ODS 13 também pretende melhorar a educação sobre mitigação das mudanças climáticas e redução de impacto.
Para estar a par de tudo o que acontece na área da sustentabilidade, consumo responsável e impacto social.