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A Conferência da Água da Organização das Nações Unidas não acontecia desde a década de 70. Terminou esta sexta-feira, em Nova Iorque, com compromissos dos 149 participantes para proteger “o bem comum mais precioso da humanidade”.
A Conferência começou com as palavras alarmantes de António Guterres que sublinhou, no seu discurso de abertura, a centralidade da água para a sobrevivência do ser humano e para o desenvolvimento sustentável das sociedades, sublinhando que este recurso é o sangue que corre nas veias do planeta e do qual dependemos para sobreviver. “Água é sobre saúde, saneamento, higiene e prevenção de doenças. Água é sobre paz”, sublinhou Guterres
Depois de três dias de conversas, plenários e apresentação de resultados, a conferência chegou ao fim com a apresentação da Agenda de Acção para a Água, que reuniu 689 compromissos de acção apresentados por governos, empresas privadas e organizações não-governamentais, e que deverá servir de agenda orientadora em relação à gestão da água na próxima década.
O documento é composto por um conjunto de compromissos voluntários de vários atores da sociedade como governos, organizações sem fins lucrativos e associações regionais. A ênfase esteve na necessidade de acelerar a implementação de medidas relacionadas com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6 associado à água e ao saneamento.
Foram dias dedicados à busca de soluções transformativas, sendo que o documento segue as linhas orientadoras que guiaram toda a conferência, que procurou ser inclusiva e não deixar ninguém para trás, focada em ações concretas com impactos reais e transversal, unindo todos os sectores da sociedade e convidando-os a criarem os seus planos para fazerem uma melhor gestão da água.
A Agenda, criada em 2022 e actualizada ao longo de meses para que a versão final desaguasse na Conferência da Água, ganhou agora novas nuances, já que último semestre do ano passado vários atores da sociedade foram consultados e convidados a contribuir com soluções. O documento, que poderá servir de manual para a próxima década, é constituído por 5 linhas temáticas: Água para a Saúde, Água para o Desenvolvimento, Água para o Clima, Resiliência e Ambiente, Água para a Cooperação e a Década da Ação sobre a Água. Existe ainda uma sexta divisão dedicada a questões adicionais.
As instituições consultadas foram ainda convidadas a responder a quatro perguntas essenciais. Primeiro, quais os principais desafios e obstáculos que boicotam o progresso nesta área. Segundo, quais são as ações transformativas que teriam de acontecer para existir progresso. Terceiro, como é que a sua organização poderia contribuir para gerar mudanças positivas. Finalmente, que novas abordagens se poderiam relevar decisivas e como poderiam ser implementadas.
A Nova Agenda de Ação sobre a Água é composta de cerca de 700 submissões de 73 países ao redor destas questões. Cada capítulo conta com a identificação dos principais desafios associados a cada tema, assim como alguns exemplos de projetos e estratégias para que os mesmos sejam ultrapassados. Este pode ser um manual fundamental para a próxima década, por isso vale a pena consultar. Esta conferência termina então com uma agenda atualizada e com a certeza de que não existe desenvolvimento sem água, pelo que é essencial criar estratégias arrojadas para lidar com este recurso. Apesar de este não ser um documento legalmente vinculativo, uniu várias partes da sociedade ao redor deste tema para falar de obstáculos e soluções e finalmente criar um manual de ação.
Finalmente, a Organização das Nações Unidas responsável pela Conferência e por muitas ações de negociação global, pensou também na dimensão individual e convida cada um à revisão dos seus hábitos através de uma plataforma especialmente dedicada ao tema. Para além disso, a plataforma de submissões da Agenda de Ação sobre a Água permanecerá aberta a novas submissões.
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