Dos filmes ao catering, tudo o que de mais sustentável acontece no DocLisboa
15/10/2025
O Doc Lisboa chega com mais uma leva de documentários e filmes, e vários com foco na sustentabilidade social e ambiental. Além disso, é o
O Tage Studio escolheu Palmela para desenvolver o que promete ser o primeiro estúdio de cinema verde da Europa. O Centro Internacional do Audiovisual será recebido pelo Vale do Alecrim em Setúbal e deverá estar concluído em 2025.
É em Portugal que vai nascer o primeiro estúdio ecológico da Europa. A ideia é criar um estúdio de gravação auto sustentável e amigo do ambiente desde o seu início. David Hallyday, diretor da Tage Studio, declarou à The Hollywood Reporter que o estúdio terá painéis voltaicos para a produção de energia e um sistema de armazenamento e reutilização de águas pluviais que reduzirá o desperdício de água. Além disso, o projeto pretende assegurar o respeito e preservação da biodiversidade local.
Nos últimos anos, Portugal estado na mira de realizadores e produtores para a rodagem de filmes, graças ao tempo ameno e às paisagens atrativas. Produções icónicas como a de “A Guerra dos Tronos”, “Velocidade Furiosa” e “A Guerra das Estrelas” passaram por regiões como a Madeira, Viseu e Monsanto. A criação do Centro Internacional do Audiovisual é a continuação desta tendência.
Segundo Debbie Levin, CEO da Environmental Media Association, esta é uma grande oportunidade para publicitar Portugal como um local “mágico e inovador” para filmar.
Hallyday aponta Portugal como a ́Califórnia da Europa ́, o local com condições favoráveis para a criação de um estúdio dependente de energia solar. O estúdio, que será construído com materiais de origem local e resíduos reciclados, terá cerca 5.200 m2. Adicionalmente, o projeto conta ainda com seis palcos, entre os 2 mil e 3.600 m2, e uma área externa de 55 mil m2, com um tanque de água ao ar livre. O estúdio é então comparável aos grandes estúdios europeus como o estúdio Pinewood situado em Londres ou o estúdio Babelsberg em Berlim.
A Leonor (mais conhecida como Nônô) herdou do avô paterno, que levava sementes nas algibeiras para as plantar quando fosse oportuno, o gosto pela natureza. Fundou o Núcleo Ambientalista da Universidade onde se licenciou, esteve envolvida em movimentos de desobediência civil pela justiça climática e estudou em Londres onde provou o melhor hambúrguer vegetariano que conhece até à data. Seguiu o mestrado de Ciência Política e Relações Internacionais por ser uma área que considera decisiva para criar um paradigma de justiça climática. Passou por Paris para aprofundar os seus conhecimentos em sustentabilidade e mais tarde escrever uma tese na mesma área. Orgulhosa dos seus vasos de hortelã e manjericão, leitora assídua, fã de tardes passadas à volta da mesa, apologista da simplicidade. Desconfia que seria feliz com uma horta e uma profissão associada à sustentabilidade e direitos humanos.
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