Produzida a partir de células mãe, a carne de laboratório é ainda uma novidade, mas o “The Green Revolution Portugal” mostra que a revolução está a acontecer.
Chegou a segunda edição do estudo “The Green Revolution Portugal”, da consultora de estratégia e inovação alimentar Lantern, e há novidades no mundo vegetal: 56% dos portugueses está disposto a experimentar e, provavelmente, até compraria carne cultivada em laboratório, percentagem que é ainda maior em pessoas com menos de 34 anos.
A carne de laboratório é o principal destaque do novo estudo que dá ainda conta de que 23% dos portugueses provariam, sem dúvidas, este produto cultivado a partir de células mãe através de processos tecnológicos laboratoriais que permitem substituir as mais tradicionais proteínas da alimentação, como a carne e o peixe.
Contudo, as percentagens são diferentes quando a análise é detalhada por idade e dieta. Vegetarianos e pessoas com menos de 34 anos estão predispostos a tentar (62% e 65%, respetivamente), já na população mais idosa, com 65 ou mais anos, 37% opõe-se — o que representa um número animador dado que é menos de metade nesta faixa etária.
Isto mostra que o mercado tem margem para se adaptar e oferecer estas alternativas (que, atualmente, têm ainda um custo de cerca de 9€).
Até ser uma alternativa disponível em massa, como a carne à base de plantas de que é exemplo a famosa marca Beyond Meat, é preciso continuar os testes, conseguir autorização dos reguladores regionais e levar à frigideira para consumir bem quente num prato de conforto.
Os novos dados seguem na mesma linha do avanço positivo revelado no estudo anterior do “The Green Revolution Portugal”, que deu conta de um crescimento da comunidade veggie (vegans, vegetarianos e flexitarianos) nos últimos anos, registando-se um aumento de 33% entre 2019 e 2021, ou seja, mais 250 mil veggies.