Mas nem tudo são más notícias. Dos 230 mil m2 espaços em construção, 58% já estão a considerar obter certificações de sustentabilidade
Em Lisboa, a cidade de Lisboa, apenas 3% dos edifícios de escritórios tem hoje certificação de sustentabilidade. Esta informação é revelada pela empresa de serviços de imobiliário e gestão de investimento JLL, cujos dados foram compilados pelo “Eco“. No entanto, a mesma fonte garante que “há uma crescente aposta dos promotores e investidores neste caminho, visto que 58% dos 230.000 m2 atualmente em construção já incorporam certificações de sustentabilidade, tais como BRREAM, LEED ou WELL.
De acordo com o estudo “Building a New Future With Sustainability”, aumentar a consciencialização sobre a sustentabilidade neste subsetor está a impulsionar os investidores e proprietários a incorporar certificações de sustentabilidade, logo durante a primeira fase de construção dos edifícios. Além disso, o estudo conclui também que “a própria indústria da construção está a evoluir e os custos desse investimento tenderão a reduzir à medida que os padrões de sustentabilidade sejam cada vez mais um requisito básico”.
Em Lisboa, dez edifícios de escritórios em construção e 11 inseridos em pipeline já incorporaram a certificação de sustentabilidade.
Segundo a pesquisa da JLL, não investir num imóvel com certificação de sustentabilidade poderá ter um custo futuro elevado. Isto porque, “é expectável a depreciação do valor de um imóvel não sustentável no tempo, assim como o aumento da carga fiscal para penalizar edifícios com emissões de carbono excessivas”. Já se falarmos em custos operacionais, a implementação de medidas de sustentabilidade num edifício pode ter um impacto muito relevante, com reduções de 25% a 50% no consumo de energia, de 40% no gasto de água e de 70% na produção de resíduos.