Alentejo vai ter a maior central solar da Europa
O projeto terá de respeitar exigências ambientais como a plantação de árvores, a introdução de colmeias e a cedência do terreno para pasto. A Agência
O novo parque eólico terá uma capacidade de 274 megawatt (MW), o que equivale às necessidades energéticas anuais de 128 mil habitações.
O maior parque eólico de Portugal recebeu a aprovação ambiental final do Governo e deverá começar a ser construído no início do próximo ano, nos distritos de Braga e Vila Real. Com uma potência de 274 MW, o parque será capaz de suportar o consumo anual de 128 mil habitações.
O projeto está a cargo da empresa de energias renováveis Iberdrola e será integrado no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), um dos maiores projetos hidroelétricos concluídos na Europa nos últimos 25 anos. Desta forma, tornar-se-á no primeiro projeto a combinar energia eólica e hídrica.
“O projeto permitirá fornecer uma maior segurança energética, promovendo a independência face aos combustíveis fósseis e avançando na descarbonização da economia”, lê-se no comunicado da Iberdrola.
Relativamente à convivência com o ambiente, a empresa admite que irá implementar “diversas medidas ambientais nos ecossistemas dentro da área dos parques eólicos. Dada a proximidade de ambos os projetos, será dada continuidade a algumas das medidas já executadas com sucesso no SET, como a plantação de espécies autóctones e ações relativas à gestão florestal das florestas circundantes. Terão, ainda, continuidade medidas que favorecem a fauna, como plantações de pastos, plantação de espécies com frutos carnudos, execução e recuperação de charcas ou instalação de caixas-ninho para morcegos”.
Nos planos da empresa está também a adoção de uma série de Programas de Monitorização de Sistemas Ecológicos para avifauna, morcegos, lobo, flora e habitats naturais, com base em medidas de controlo sobre os possíveis impactos e definição de novas medidas mitigadoras.
Tecnologia utilizada
O parque eólico vai aproveitar o mesmo ponto de conexão à rede elétrica que o SET, assim como as estradas e instalações já construídas, minimizando o impacto ambiental (comparativamente ao impacto que teriam duas centrais independentes).
“Ao contar com duas tecnologias que funcionam em alternância, reduz-se significativamente a dependência da variação das condições ambientais e das limitações pela possível falta de recursos como o vento, facilitando uma produção renovável mais estável e permitindo otimizar a infraestrutura elétrica de transporte”, refere a nota de imprensa.
O SET tem capacidade para produzir 1.766 gigawatts (GWh) por ano, o suficiente para satisfazer as necessidades energéticas dos municípios vizinhos e das cidades de Braga e Guimarães (440 mil habitações). Atualmente, o complexo hidroelétrico evita a emissão de 1.2 milhões de toneladas de dióxido de carbono anuais e a importação de mais de 160 mil toneladas de petróleo por ano.
O segundo e último parecer ambiental para o projeto Tâmega Eólico, conhecido como Decisão de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (DCAPE), será seguido de um pedido de licença de produção à Direção-Geral de Energia e Geologia de Portugal.
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