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As candidaturas para os Embaixadores do Pacto Europeu para o Clima estão abertas até 31 de outubro. Se tens paixão pela ação climática e queres
O Secretário-geral das Nações Unidas enumerou uma série de desafios que colocam em risco a sustentabilidade de várias partes do globo e das gerações futuras.
António Guterres, ao dirigir-se à Assembleia Geral em Nova Iorque, em Fevereiro, apelou a uma acção urgente para fazer frente a flagelos como as guerras, a emergência climática, e a pobreza extrema. Aqui ficam expressas as prioridades, os medos e as lutas para 2023 do secretário-geral das ONU:
1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é uma ferramenta central para atingir o objectivo de alcançar um clima de paz, segurança e sustentabilidade a nível universal.
2. De acordo com o ´Doomsday Clock´, a humanidade encontra-se a 90 segundos da auto destruição. Guterres sublinhou que a ameaça nuclear gerada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia desafiou as maiores instituições globais e colocou em segundo plano a crise climática. Este contexto coloca toda a humanidade em maior risco
aniquilação do que aquele que se assistira no final do século passado com a Guerra Fria.
3. É preciso exercitar a capacidade estratégica de pensar no amanhã. É preciso criar sociedades que não se foquem apenas no presente e que tenham a responsabilidade moral de pensar nas gerações futuras.
4. A humanidade é chamada a agir e transformar o mundo ao seu redor através das suas ações.
5. A invasão da Ucrânia por parte da Rússia, o conflito entre a Palestina e Israel e a situação no Afeganistão são exemplos que agudizam a necessidade de trabalhar arduamente para alcançar a paz a nível mundial.
6. É necessário um maior respeito pela Carta das Nações Unidas, sendo que se todas as nações seguissem esse documento os Direitos Humanos e a Dignidade Humana seriam uma prioridade. Um maior sentido de compromisso para com este documento fundador garantiria uma visão mais holística da construção da paz com um maior enfoque na prevenção, na mediação e na participação de grupos da sociedade como as mulheres e os jovens na construção da paz.
7. O risco nuclear é elevado pelo que o desarmamento e o controlo de armas são questões fundamentais para o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade.
8. É urgente uma “transformação radical” da arquitetura financeira global. A agudização das desigualdades entre certas regiões do globo obriga a uma restruturação do sistema económico atual. As grandes instituições financeiras devem procurar seguir os objectivos estabelecidos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Guterres alerta ainda que o sistema segundo o qual os países do norte global acumulam riqueza de forma desproporcional deixando os países do sul global em graves situações de vulnerabilidade deve ser alvo de reformas estruturais.
9. O desenvolvimento sustentável de várias nações está em perigo e é necessário que as desigualdades mundiais sejam colmatadas para que os países mais vulneráveis sejam capazes de investir em combater factores que catapultam um desenvolvimento
insustentável como a falta de acesso à educação, a pobreza e a desigualdade de género.
10. Diminuir as emissões de carbono e lutar pela justiça climática são prioridades. A
guerra contra a natureza deve terminar e uma ação climática disruptiva pode evitar a destruição de um planeta habitável e seguro para a espécie humana.
11. A transição para a energia verde tem de ser um dos pontos da agenda dos países
industrializados. Guterres afirmou que as empresas, sociedades, cidades devem estar
preparadas para colorarem em prática os seus planos de transição e que as empresas
petrolíferas que sejam incapazes de apresentar planos de transição plausíveis devem preparar-se para o fim do seu negócio.
12. Cumprir as promessas climáticas feitas na COP27 realizada no Egipto em 2022.
13. A diversidade está sob ataque e as pessoas em posição de poder que beneficiam com a difusão de discurso de ódio e ideais extremistas devem ser travadas. Minorias religiosas e étnicas, refugiados, migrantes e membros da comunidade LGBTQIA+ são
algumas dos alvos mais comuns de ódio e exclusão.
14. O combate ao ódio online é apontado como uma forma de proteger a diversidade cultural e respeitar as vítimas de grandes acontecimentos da história como o Holocausto e o Genocídio no Ruanda contra o grupo étnico tutsi. A sociedade é chamada a não utilizar uma linguagem que amplie o ódio em relação ao outro.
15. Numa época em que as mulheres afegãs estão sujeitas a leis profundamente castradora e em que a desigualdade de género continua a ser um padrão global é necessário lutar pelos direitos das mulheres a nível universal e contra o patriarcado nas suas várias formas.
16. As democracias estão sob ameaça e a resposta passa pelo investimento em políticas que favoreçam a participação cívica e a liberdade de expressão.
Acima de tudo, o objetivo desta espécie de ponto de situação é levar todos a refletirem sobre o papel que podem assumir para serem agentes cívicos com um impacto positivo face a todos estes desafios. Já sabes como podes contribuir?
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Esta publicação também está disponível em: English (Inglês)
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