No armário dos medicamentos, há sempre aqueles que acabam por não ser usados na totalidade, ou cujo prazo de validade já terminou. E há também toda a panóplia de frascos e blisters que ficam depois da toma. Mas o que fazer com isto tudo no final? Vê aqui como descartar corretamente os medicamentos, as suas embalagens e os resíduos da farmácia.
Na hora de deitar fora um medicamento — seja porque não vamos usá-lo ou porque a validade terminou — o destino não é o ecoponto e, idealmente, também não é o lixo comum. Esses resíduos devem ser entregues na farmácia. E quem diz medicamentos, diz os blísters, os frascos de xarope e respetivas colheres de plástico, as caixas e até as bulas.
A Valormed (empresa que tem a responsabilidade da gestão dos resíduos de embalagens vazias e medicamentos fora de uso) explica tudo ao pormenor: Nas farmácias devem ser entregues não apenas os medicamentos que já não utilizas/necessitas e os que estão fora de prazo, mas também os materiais usados no acondicionamento e embalagem dos produtos (cartonagens vazias, folhetos informativos, frascos, blisters, ampolas, bisnagas, etc.). De igual modo, também devem ser entregues os acessórios utilizados para facilitar a sua administração (colheres, copos, seringas doseadoras, conta gotas, cânulas, etc.).
Podes sempre ter um saco em casa onde vais guardando estes resíduos e, assim, que estiver cheio, vai entregar na farmácia. Ao entregá-los está a evitar a contaminação de solos e águas. Os medicamentos e os seus constituintes, particularmente as substâncias ativas utilizadas na produção, são nefastos ao ambiente. Por isso, nunca os deposite no lixo comum ou nos esgotos, lembra a Sociedade Ponto Verde.
Na maioria das farmácias e parafarmácias, existe um contentor de cartão da Valormed onde pode depositar estes resíduos. Se não estiver visível, pergunte ao farmacêutico e poderá entregar-lhe o saco.
O que não pode ser depositado nesses caixotes?
Não entregues nem deposites agulhas, seringas ou qualquer outro material corto-perfurante, termómetros de mercúrio, aparelhos elétricos ou eletrónicos, material de penso e cirúrgico (gaze, algodão, álcool etílico, água oxigenada, etc.), produtos químicos ou detergentes, fraldas e radiografias (que neste caso só devem ser entregues quando a AMI lança a sua campanha anual de recolha nas farmácias comunitárias).
Marta Cerqueira é minhota e vegetariana. A sorte é que vive em Lisboa, onde há mais tofu do que sarrabulho. É jornalista há mais de 15 anos, os últimos dos quais a escrever sobre comida e sustentabilidade. Agora, já fora das redações, continua a escrever sempre que pode, seja em revistas, diários, post its, ou na sua página de Instagram, que usa para partilhar uma vida que se divide entre ser mãe-pessoa-foodie-viajante. Ainda assim, criou a Peggada para poder escrever sobre o que não cabe numa revista, num diário, num post it ou no Instagram: um mundo melhor.
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