Sabes quanto CO2 emite a publicação de um livro?
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A startup suíça Climeworks tem agora duas unidades que aspiram o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e o transformam em pedra. O objetivo é aumentar a sua capacidade para as gigatoneladas até 2050.
A startup suíça Climeworks inaugurou recentemente a sua segunda fábrica que captura e armazena diretamente dióxido de carbono (CO2) em grande escala, na Islândia.
A nova unidade “Mammoth” é cerca de dez vezes maior do que a fábrica antecessora, “Orca”, em serviço desde setembro de 2021, e ambas estão localizadas no parque geotérmico de Hellisheiði, a meia hora da capital Reykjavik.
Quando estiver totalmente operacional, a Mammoth irá aspirar até 36 000 toneladas de CO2 do ar circundante por ano, utilizando grandes ventiladores que extraem o ar através de um processo químico, alimentado pelo calor da fábrica geotérmica vizinha ON Power: o ar é aspirado para um coletor com material filtrante no interior que, uma vez cheio, é fechado; a temperatura é aumentada para libertar o dióxido de carbono do material e, posteriormente, o gás altamente concentrado fica pronto para ser recolhido.
É na fase seguinte que entra na equação outra empresa islandesa: a Carbfix, parceira de armazenamento. A empresa encontrou uma forma de misturar o CO2 com água e injetá-lo a 1.000 metros de profundidade, onde reage naturalmente com a rocha basáltica, transformando-se em pedra, num processo que demora cerca de dois anos. A Climeworks verifica e certifica todo o processo por terceiros independentes.
“O início das operações da nossa fábrica Mammoth é mais um ponto de prova na jornada de expansão da Climeworks para a capacidade de megatoneladas até 2030 e de gigatoneladas [mil milhões de toneladas] até 2050”, afirma o cofundador e co-CEO Jan Wurzbacher, em comunicado.
Um relatório recente da Agência Internacional da Energia (AIE) estimou que — com base no consumo atual de petróleo e gás — o mundo precisaria de capturar ou remover cerca de 32 mil milhões de toneladas de carbono para manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC.
Até agora, cerca de 10 mil toneladas de CO2 foram capturadas e depois armazenadas anualmente em todo o mundo, incluindo 4.000 toneladas pela central “Orca” e o restante principalmente por unidades piloto experimentais.
Embora a tecnologia de captura e armazenamento de carbono seja reconhecida pelo Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) como uma solução para eliminar o CO2 da atmosfera, os especialistas alertam para o facto de não poder ser considerada uma alternativa às reduções de emissões rápidas e em grande escala necessárias para evitar os piores impactos das alterações climáticas.
Além de ser uma tecnologia em fase embrionária e com financiamento público limitado, o seu desenvolvimento é extremamente dispendioso. A organização de conservação marinha OceanCare afirma que a fábrica Orca sequestra CO2 a um custo superior a 1000 dólares (929 euros) por tonelada.
A Climeworks não detalhou o custo por tonelada de remoção relativo à segunda central, mas refere que está a tentar reduzir os custos da tecnologia para 400-600 dólares (cerca de 450 euros) por tonelada até 2030.
A OceanCare está ainda preocupada com as grandes quantidades de água necessárias. Se for utilizada água do mar – como a Carbfix está alegadamente a testar – a extração pode ter um impacto negativo nos habitats oceânicos.
Para além da Islândia, a Climeworks está a desenvolver vários centros de produção de megatoneladas nos Estados Unidos (EUA), selecionados pelo Departamento de Energia dos EUA para financiamento público. A startup está também a desenvolver projetos na Noruega, no Quénia e no Canadá, a fim de tornar a sua tecnologia eficaz.
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