Calçado a precisar de arranjo ou roupa rasgada? Em França, há um incentivo financeiro a quem der primazia ao arranjo, em vez de comprar novo.
Todos os cidadãos franceses que reparem peças de roupa antigas serão pagos por isso, anunciou Bérangère Couillard, ministra da ecologia e desenvolvimento sustentável. A iniciativa faz parte de um programa contra o desperdício e de diminuição dos danos ambientais causados pela indústria têxtil.
A partir de Outubro, os cidadãos franceses que aderirem ao movimento podem receber valores que oscilam entre os 6 e os 25 euros pela reparação dos seus produtos, quer sejam eles sapatos, malas ou até pequenos acessórios, como óculos.
Couillard referiu que o movimento é um forte apelo de adesão por parte de empresas de moda, nomeadamente as de luxo, que fazem parte da segunda maior emissora de gases com efeito de estufa.
De acordo com os dados da Agência Portuguesa do Ambiente, só em Portugal, mais de 230 mil toneladas de roupa foram produzidas e consideradas lixo em 2021, o que equivale a cerca de quatro toneladas por semana.
Esta iniciativa será também uma forma de ajudar sapateiros e costureiros, e apoiar financeiramente organizações que reutilizam e reciclam roupas em segunda mão.
A ministra delegou à Refashion, empresa privada ecológica da indústria têxtil, a função de iniciar o projeto, encorajando as pessoas não só a reparar e reutilizar, mas também a reduzir a quantidade de roupa que compram e a doar aquela que já não usam.
Estuda Línguas, Literaturas e Culturas Modernas na Nova Fcsh. É praticante de yoga há dois anos, parte da sua rotina saudável . Adora ver filmes e ouvir música; para depois se sentar a escrever-lhes críticas. Para tentar responder à vontade de ter mais roupa — o guilty pleasure — decidiu pegar numa máquina de costura antiga e aprender a costurar. Na busca por mais práticas sustentáveis encontrou a Peggada e por aqui vai ficar.
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