Rise for Impact. A vitória da inclusão e do combate ao desperdício
Procuravam empreendedores motivados, que promovam soluções inovadoras na resolução de problemas e necessidades sociais. E foi isso que tiveram. O Rise for Impact escolheu quatro
As etiquetas digitais facilitam a aplicação de descontos à medida que os produtos se aproximam do fim do prazo de validade, estimulando a compra e reduzindo o desperdício alimentar.
Uma nova investigação da faculdade de gestão Texas McCombs, em Austin (EUA), sugere que a substituição de etiquetas físicas das prateleiras por etiquetas digitais permite aos supermercados baixar facilmente os preços e transferir o stock mais antigo das suas prateleiras para as casas dos consumidores, reduzindo o desperdício alimentar.
“Tudo fica mai fácil quando os preços dinâmicos [processo que utiliza tecnologia para alterar rapidamente os preços nas etiquetas] são ativados. Há menos desperdício de alimentos e menos emissões resultantes do facto de os alimentos acabarem em aterros”, afirma em comunicado Ioannis Stamatopoulos, professor associado de informação, risco e gestão de operações.
“Se é um consumidor que se preocupa muito com o preço, pode comprar os mirtilos que vão expirar dois dias depois e consumi-los hoje”, acrescenta Stamatopoulos.
Alterar as etiquetas digitais com apenas algumas teclas num tablet, em comparação com a impressão de etiquetas de papel e a sua colagem nas prateleiras, também faz com que as cadeias de supermercados poupem tempo e dinheiro. De acordo com Stamatopoulos, quando for mais fácil e mais barato atualizar os preços, os supermercados devem fazê-lo com mais frequência.
Uma equipa de investigadores, composta por Stamatopoulos, Naveed Chehrazi (Universidade de Washington) e Robert Sanders (Universidade da Califórnia), analisou duas cadeias de supermercado europeias não identificadas durante o processo de implementação das novas etiquetas.
A primeira, situada no Reino Unido, introduziu etiquetas digitais para 940 produtos perecíveis, que indicavam o preço base e acrescentavam descontos à medida que os produtos se aproximavam do fim do prazo de validade. Os investigadores concluíram que as lojas alteravam os preços 54% mais frequentemente.
A segunda cadeia de supermercados, na União Europeia (UE), adotou etiquetas eletrónicas, mas acrescentou uma segunda tecnologia: códigos de barras expandidos. Estes podem conter detalhes do inventário, como datas de embalagem, números de lote e datas de validade. Quando o inventário se aproxima da data de validade, a loja pode baixar os preços para estimular a compra.
Ao gerir melhor os inventários, os códigos de barras expandidos também aumentam os resultados das lojas. “Uma vez que o supermercado pode colocar as coisas com desconto quando estão prestes a expirar, pode fazer encomendas maiores, tirando partido das economias de escala nas encomendas”, explica Stamatopoulos.
Segundo os investigadores, depois de os supermercados da UE terem instalado as duas tecnologias, a frequência das alterações de preços aumentou 853%.
“Embora os preços dinâmicos tenham benefícios a longo prazo, enfrentam obstáculos a curto prazo. Um deles é o receio dos consumidores de que os retalhistas aumentem os preços quando a procura é elevada – como fazem as empresas de transporte de passageiros, como a Uber”, lê-se no comunicado.
Em fevereiro de 2024, a cadeia de fast-food Wendy’s anunciou que iria implementar os preços dinâmicos, o que provocou reações negativas. A cadeia esclareceu rapidamente que iria reduzir os preços durante os períodos de menor movimento, mas não os aumentaria durante os períodos de maior movimento.
No entanto, Stamatopoulos explica que estes períodos são difíceis de identificar. “Para os retalhistas, estimar a procura de forma muito precisa e reagir dinamicamente em conformidade, de modo a espremer cada dólar, penso que é um pouco impossível”, afirma.
Além do possível feedback negativo, outro obstáculo desta solução é o custo. As cadeias de supermercados têm de investir em etiquetas digitais e tablets, enquanto os funcionários têm de atualizar diariamente os dados de milhares de artigos.
Para acelerar a transição, Stamatopoulos sugere subsídios governamentais, como os concedidos aos painéis solares e aos veículos elétricos. “Alguém precisa de quebrar este equilíbrio. Depois, as coisas passarão a uma nova era em que toda a gente usará a informação adicional”, refere.
Em termos de adoção destas tecnologias, a Europa está à frente dos EUA por enquanto, mas isso pode estar a mudar. Várias cadeias de supermercados americanas já implementaram estas soluções ou têm intenções de o fazer. Em junho, a Walmart anunciou que fará a transição para etiquetas de preços digitais em 2300 lojas até 2026, enquanto a Amazon Fresh e Midwest Schnuck’s já as utilizam.
Segundo a organização sem fins lucrativos ReFed, as cadeias de supermercados americanas desperdiçaram cinco milhões de toneladas de alimentos em 2022, 35% dos quais foram encaminhadas para aterros. Mais de metade desse desperdício – 2,7 milhões de toneladas – ultrapassou as datas de validade dos rótulos.
Procuravam empreendedores motivados, que promovam soluções inovadoras na resolução de problemas e necessidades sociais. E foi isso que tiveram. O Rise for Impact escolheu quatro
Albergaria-a-Velha tem vindo a trabalhar no sentido de ser um município mais verde. Desta vez, pôs em marcha uma campanha para a redução do desperdício
A campanha de Natal da Padaria Portuguesa é feita em parceria com a Refood, com o objetivo de angariar novos voluntários para envolver cada mais
Este artigo promove uma ação que incentiva à diminuição de geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reutilização.
➡️ Para descobrir mais negócios que estão alinhados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 “Produção e Consumo Sustentáveis” clica aqui.
➡️ Para ver notícias, dicas e entrevistas sobre este tópico, clica aqui
➡️ Queres saber mais sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas? Clica aqui
Esta publicação também está disponível em: English (Inglês)
Para estar a par de tudo o que acontece na área da sustentabilidade, consumo responsável e impacto social.