Em Portugal são perdidos todos os anos 6,5 milhões de brinquedos de plástico e no mundo o panorama é igualmente assustador. Deixamos algumas dicas para mudar.
Um estudo internacional feito em julho, que envolveu 500 pais portugueses, constatou que entre os quatro artigos mais perdidos pelas crianças estão os brinquedos (54%). Logo de seguida ficam os artigos de papelaria (29%), bonecos (28%) e chapéus (26%).
Os brinquedos, que lideram a investigação feita pelo Censuswide em nome da empresa britânica de etiquetas adesivas My Nametags, suscitam especial preocupação pelo facto de 90% dos que são vendidos em todo o mundo serem feitos de plástico. Contudo, este não é o único problema.
A investigação mostrou também que uma parte das crianças (1/4, segundo as respostas dos pais) perde frequentemente garrafas de água de plásticos reutilizáveis — gerando o efeito inverso do que seria pretendido com a reutilização destas garrafas.
É quase semelhante ao que acontece com os brinquedos perdidos: acabam nos aterros o equivalente a 38 milhões de garrafas de plástico, segundo a investigação. A juntar a tudo isto estão ainda as roupas, muitas vezes com fibras sintéticas feitas de plástico, que têm um elevado impacto ambiental quando acabam em aterros.
Só em Portugal, ficam perdidos 6,5 milhões de brinquedos de plástico por ano e, em geral, 14 milhões de artigos todos os anos.
No entanto, nem tudo é mau. Apesar de 65% dos pais afirmar que os brinquedos nunca são encontrados, 14% acredita que lhes serão sempre devolvidos.
Para converter a tendência de perda, com impacto para o ambiente e para a carteira dos pais, é preciso adotar algumas estratégias — e pôr de lado a ideia de que uma vez perdido um artigo, a opção será restabelecê-lo de imediato.
A Censuswide e a My Nametags sugerem que os pais criem compartimentos no saco dos filhos destinados aos brinquedos, de modo a que se crie o hábito de colocar e arrumar sempre nesse lugar; etiquetar os artigos é outra sugestão para que não se confundam com os de casa e do infantário ou com os dos colegas; não esquecer de verificar sempre se os artigos estão dentro da mochila ou saco antes de partir de algum lado; e, por fim, comprar menos, o que não só permite saber mais facilmente que brinquedos a criança tem, como poupar dinheiro.