Portugal vai começar a construir o seu maior parque eólico em 2025
O novo parque eólico terá uma capacidade de 274 megawatt (MW), o que equivale às necessidades energéticas anuais de 128 mil habitações.O maior parque eólico
As barreiras impostas pelo Partido Conservador impediram o desenvolvimento de novos parques eólicos no país nos últimos nove anos.
O novo Governo Trabalhista levantou a proibição do Partido Conservador aos parques eólicos em terra (onshore) no Reino Unido, em vigor desde 2015. Os trabalhistas descreveram as restrições como “absurdas” e acreditam que a sua política irá aumentar a independência energética do país, reduzir a fatura energética e apoiar a criação de empregos altamente qualificados.
Esta alteração tinha sido uma das promessas feitas pelos trabalhistas em fevereiro deste ano, ainda antes de terem sido convocadas eleições antecipadas, tendo integrado o manifesto eleitoral do partido.
A medida surge na sequência de um estudo da organização Friends of the Earth, que concluiu que a utilização de menos de 3% da terra de Inglaterra para a produção de energia eólica e solar em terra poderia produzir 13 vezes mais energia limpa do que a atualmente produzida – o suficiente para abastecer duas vezes todos os agregados familiares em Inglaterra.
“A proibição da energia eólica onshore está em vigor há nove anos. Estamos no governo há 72 horas e já a levantámos”, destacou Ed Miliband, Secretário de Estado para a Segurança Energética e Emissões Zero. “É a esse ritmo que vamos avançar.”
A proibição foi introduzida durante o mandato de David Cameron, alegando que o país tinha projetos eólicos suficientes. Cameron introduziu duas notas de rodapé no National Planning Policy Framework (NPPF) – as regras que regem o planeamento e o desenvolvimento de casas e infraestruturas no Reino Unido – que exigiam provas irrefutáveis de que não havia oposição a novas turbinas eólicas a nível local, o que tornava quase impossível a execução de novos projetos, uma vez que há quase sempre alguma resistência local a qualquer proposta de construção. As regras aplicavam-se apenas a projetos eólicos onshore, numa altura em que a energia eólica representava 10% do total do cabaz energético.
No novo projeto de NPPF dos trabalhistas, estas notas de rodapé foram eliminadas na sua totalidade, o que significa que os projetos eólicos onshore “serão tratadas da mesma forma que as outras propostas de desenvolvimento energético”, afirmou o governo em comunicado, acrescentando que as alterações entrarão em vigor imediatamente.
A supressão das limitações era há muito reclamada por ambientalistas e especialistas em energia, que não deixaram de ficar surpreendidos com a rapidez do novo governo.
“Ao acabar com a proibição da energia eólica onshore em Inglaterra, o Partido Trabalhista está a dar um passo importante no sentido de cumprir os nossos objetivos climáticos, ao mesmo tempo que abre caminho a contas mais baixas, uma vez que as energias renováveis produzem uma das energias mais baratas e limpas disponíveis”, diz Mike Childs, diretor de ciência, política e investigação da Friends of the Earth, ao The Guardian.
O cientista-chefe da Greenpeace UK, Doug Parr, também aplaudiu a medida, afirmando que a proibição era “auto-destrutiva para a segurança energética, dispendiosa e com oportunidades perdidas de reduzir as emissões”. A organização já tinha lançado uma petição a instar o ex-primeiro-ministro Rishi Sunak a pôr termo à controversa proibição.
Num documento de orientação, o governo reiterou ainda o seu compromisso de duplicar a energia eólica terrestre até 2030.
De acordo com a associação comercial sem fins lucrativos de energias renováveis RenewableUK, “as turbinas modernas são substancialmente mais eficientes e potentes do que as turbinas construídas nas décadas anteriores, pelo que duplicar a capacidade eólica terrestre do Reino Unido até 2030 não significa duplicar o número de turbinas no Reino Unido. Podemos produzir mais energia com menos turbinas novas e podemos substituir as turbinas mais antigas por outras muito mais potentes, tirando o máximo partido dos nossos magníficos recursos eólicos naturais”, lê-se no comunicado da associação.
A energia eólica tornou-se a maior fonte de energia renovável do Reino Unido e a segunda maior entre as fontes de baixo carbono, apenas atrás da energia nuclear, representando 29,4% do cabaz energético do país em 2023. Até outubro de 2024, o país planeia eliminar gradualmente todas as centrais elétricas alimentadas a carvão ainda existentes.
Os trabalhistas também anunciaram que iriam mais longe e consultariam sobre a possibilidade de designar os grandes parques eólicos como projetos de infraestruturas de importância nacional. Isto significa que Miliband seria responsável pela sua aprovação e as autarquias locais não teriam voto na matéria.
Apesar dos avanços nas políticas verdes, os trabalhistas têm sido alvo de críticas após terem anunciado que iriam reduzir significativamente os seus planos de descarbonização, reduzindo a dotação anual de 28 mil milhões de libras para 23,7 mil milhões de libras ao longo de cinco anos. Esta decisão foi motivada por preocupações com a responsabilidade fiscal e demonstra o esforço do partido para conciliar os objetivos ambientais com as realidades financeiras, utilizando fundos provenientes de empréstimos e de um imposto inesperado sobre as empresas de petróleo e gás.
O Partido Trabalhista encontra-se agora sob pressão para atingir o objetivo de descarbonizar a rede elétrica do Reino Unido até 2030, com dúvidas sobre a exequibilidade desse objetivo.
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