União Europeia dá luz verde final à Lei do Restauro da Natureza
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Os artistas que utilizem sons da natureza nas suas canções podem incluir de forma independente a “Natureza” na lista de artistas. Com o projeto Souns Right, parte dos lucros será distribuída por programas de conservação ambiental.
“Sounds Right” é a nova iniciativa global que permite aos artistas creditar a “Natureza” como artista nas principais plataformas de streaming, incluindo o Spotify e a Apple Music, quando utilizarem sons do ambiente natural nas suas músicas. Uma parte dos direitos de autor será revertida para projetos de conservação.
Lançado pelo Museu das Nações Unidas – UN Live (um braço da ONU que visa envolver as pessoas — especialmente os jovens — através da cultura pop), o projeto pretende iniciar uma conversa global sobre o valor da natureza e inspirar milhões de fãs a tomarem medidas ambientais. Prevê-se que o projeto envolva mais de 600 milhões de ouvintes individuais e angarie 40 milhões de dólares nos primeiros quatro anos.
“É uma forma de dizer aos artistas: ‘Todos nós usamos sons como gaivotas, ondas e vento. Porque não pagamos direitos de autor à natureza?”, diz à BBC Brian Eno, que remisturou a sua colaboração com David Bowie (“Get Real”) para o projeto, usando gritos de hienas e porcos selvagens.
“Da Colômbia à Índia, passando pela Noruega, Venezuela, Quénia, Dinamarca, Reino Unido, Estados Unidos e Indonésia, há uma seleção verdadeiramente global de artistas que participam e destacam sons naturais de uma vasta gama de ecossistemas em todo o mundo”, lê-se no comunicado de imprensa.
Entre os artistas que contribuíram com canções, novas ou remisturadas, para a primeira vaga de lançamentos incluem-se London Grammar, MØ, AURORA, Tom Walker, Anuv Jain, Bomba Estéreo, Blinky Bill, Navicula x Endah N Rhesa, Los Amigos Invisibles e Ellie Goulding. A lista de reprodução chama-se “Feat. NATURE” e está disponível no Spotify.
A “página de artista” da Natureza no Spotify e o site da iniciativa contarão com gravações ambientais, desde florestas tropicais a sons do oceano. “O sonho é que qualquer artista interessado em colaborar com a natureza possa visitar o nosso site, descarregar amostras da natureza e marcar a natureza nas suas faixas, com uma parte dos direitos de autor doada a iniciativas de conservação de grande impacto”, explica à BBC o diretor do programa para os Sound Rights no UN Live, Gabriel Smales.
Para estas faixas, pelo menos 70% dos lucros financiarão programas de conservação, diz Smales. Os donativos e royalties do Sounds Right serão distribuídos pela organização sem fins lucrativos EarthPercent (co-fundada por Brian Eno) para apoiar projetos de restauração e conservação da biodiversidade em ecossistemas ameaçados a nível global.
Esses projetos serão escolhidos sob a orientação de um painel consultivo de especialistas independente, composto por representantes dos povos indígenas, ativistas ambientais, biólogos e especialistas em financiamento da conservação.
“A iniciativa surge numa altura crítica. As populações de animais selvagens diminuíram em média 69% nos últimos 50 anos e estima-se que pelo menos 1,2 milhões de espécies de plantas e animais estejam em risco de extinção. A Sounds Right procura inverter a nossa relação extrativa com o mundo natural, reconhecendo simultaneamente a contribuição da natureza para as indústrias criativas”, refere o comunicado de imprensa.
Atualmente, a Sounds Right está concentrada no financiamento de organizações que operam nas regiões da Índia, Indo-Birmânia, Myanmar, Filipinas, Mata Atlântica, Andes Tropicais, Madagáscar, Ilhas do Oceano Índico e Sudaland.
A iniciativa encorajará ainda os fãs a tomar medidas de acompanhamento, como registar o canto dos pássaros pela manhã para fins de biomonitorização.
“É uma das formas mais poderosas de chegar às pessoas na sua vida quotidiana e de as levar a falar sobre as maiores questões do nosso tempo, incluindo a conservação da biodiversidade”, sublinhou Gabriel Smales, em declarações à NPR.
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