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Os concursos e as feiras científicas promovidas nas escolas por todo o mundo desafiam os mais novos a procurar e desenvolver soluções para problemas que afetam o nosso planeta. A Peggada destaca algumas ideias de crianças pensadas para ajudar o ambiente e e criar um mundo melhor.
Eco-Hero, a garrafa de água comestível
A ideia é de Madison Checketts, uma norte-americana de 12 anos que depois de ver as suas praias favoritas serem poluídas por plástico ano após ano, concebeu uma alternativa às garrafas de uso único.
A garrafa “Eco-Hero” tem um aspeto gelatinoso, contém 200ml e é feita de lactato de cálcio, alginato de sódio e goma xantana. Durante o processo de testes, surgiram (pelo menos) dois problemas: encontrar as concentrações e ingredientes certos para que a membrana não se desfizesse nas mãos; e o sabor ensaboado da camada exterior e da própria água, que foi resolvido adicionando uma colher de chá de sumo de limão à solução de lactato de cálcio.
Madison começou a trabalhar no projeto em outubro de 2021, como parte da feira de ciências da sua escola primária. A partir daí, foi passando às fases seguintes a nível do distrito escolar, estatal e nacional. Em 2022, foi finalista do Broadcom
Masters Competition, o principal concurso de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) dos EUA, destinado aos estudantes do ensino básico. O objetivo agora é melhorar a garrafa de água, tornando-a maior, mais forte e re-selável.
Transformar esferovite em purificador de água
Julia Bray, Ashton Cofer, Luke e Natalie Clay, de Ohio, inventaram um processo
inovador que transforma o esferovite em carvão ativado para purificar a água.
A ideia para o projeto surgiu quando dois dos amigos se depararam com praias cheias de esferovite (espuma de poliestireno expandido) na América Central.
Apesar do esferovite estar presente em todo o lado, não existe, porém, uma boa solução para o material depois de usado, acabando em aterros, oceanos ou praias. O grupo pensou então em utilizar o carbono presente no esferovite para criar carvão ativado, usado em quase todos os filtros de água. Desta forma, criaram uma forma de fornecer água potável limpa e reduziram o lixo de esferovite com apenas uma solução.
O projeto passou a receber o financiamento do programa eCYBERMISSION STEM-in-
Action, da NSTA, patrocinado pelo exército dos EUA, e recebeu 2 prémios: o FIRST Global Innovation patrocinado pelo XPRIZE e o Scientific American Innovator da Google Science Fair.
Com este apoio, Julia, Luke, Natalie e Ashton planeiam obter uma patente do seu processo, sem deixar de trabalhar no seu aperfeiçoamento e aplicação a situações reais.
Plantação de zonas húmidas e testes de qualidade da água
Desde os 10 anos que Ana Humphrey trabalha na resolução de problemas como a conservação ambiental, água potável e redução da propagação de doenças transmitidas pela água.
O seu primeiro projeto de educação ambiental consistiu na criação do website kidslovemountains.org (não está ativo de momento) com o objetivo de educar as crianças sobre a remoção do topo de montanhas (mountaintop removal), uma forma destrutiva de extrair carvão com consequências nos ecossistemas e na saúde da comunidade.
No 8º ano, criou a iniciativa “Watershed Warriors” (Guerreiros das Bacias Hidrográficas) focada na plantação local de zonas húmidas que contribui para restaurar habitats para espécies nativas e melhorar a qualidade da água.
Para assegurar a continuação do projeto, Ana conseguiu uma bolsa de financiamento e reuniu uma equipa de estudantes para continuar a proporcionar experiências educativas e práticas de cultivo, cuidado e transplante de jardins de zonas húmidas a alunos do 5º ano, principalmente em escolas com elevada pobreza e diversidade racial e étnica. Em colaboração com o National Parks Service e organizações locais, os jovens aprendem ciência, divertem-se e apoiam as suas comunidades.
A jovem desenvolveu ainda uma aplicação que melhora a qualidade da água através da remoção de bactérias, medindo a presença de E. coli. Recebeu vários prémios como o US Stockholm Junior Water Prize Virginia e a Bolsa de Sydney Lewis Environmental Science da Virginia Environmental Endowment.
Filtragem do ar com luz solar
Depois de visitar a casa dos seus avós na Índia e ter visto que não é comum abrirem-se as janelas por causa da poluição, Jai Kumar (12 anos) começou a trabalhar num dispositivo de filtragem do ar alimentado por água. Quando soube que nem sempre o acesso à água é possível, Jai adaptou o seu projeto — Ultratitan — para passar a utilizar energia solar, mais concretamente, a luz ultravioleta.
A invenção de baixo custo é montada nas janelas para ajudar a purificar o ar nas casas à medida que entra, removendo a sujidade e os gases tóxicos do ar. O projeto valeu a Jai o 3º lugar no Young Scientist Challenge em 2014.
Viagens de comboio sem motor diesel ou elétrico
Caroline Crouchley, estudante de 13 anos de Nova Iorque, desenvolveu um método sustentável de transporte público que elimina a necessidade de um motor diesel ou elétrico nos comboios, tornando-os mais leves, rápidos e eficientes.
O seu design utiliza tubos longos de vácuo, construídos ao lado de carris já existentes, para impulsionar os comboios. Ao ligar o comboio a um vaivém magnético dentro do tubo de vácuo, as carruagens são impelidas para a frente a toda a velocidade através de energia renovável (solar ou eólica).
Caroline ficou em 2º lugar no Young Scientist Challenge e quer continuar a trabalhar no projeto para perceber como poderá funcionar em maior escala.
The Big Sea Forest
Para mitigar o aumento da temperatura no planeta, Yosef Granillo, com 9 anos, desenvolveu uma solução que passa pela plantação de árvores hidropónicas (árvores que crescem sem terra, numa solução de água com nutrientes; crescem mais e de forma mais rápida) no oceano.
Como o espaço terrestre é demasiado limitado e as soluções para eliminar o CO2 presente na atmosfera são dispendiosas, inseguras e limitadas, Yosef sugere plantar florestas marinhas. De acordo com o seu projeto, seria preciso utilizar 5% da superfície oceânica (o equivalente a 93% do tamanho do Alasca) e a dessalinização
da água seria feita por meios passivos, como a condensação.
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Guimarães é a única cidade portuguesa nesta lista criada para encorajar e apoiar o trabalho feito no sentido de luta contra as alterações climáticas. Guimarães
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Este artigo aborda uma ação que promove a adoção de medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos. O ODS 13 também pretende melhorar a educação sobre mitigação das mudanças climáticas e redução de impacto.
Esta publicação também está disponível em: English (Inglês)
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