Gal. No café dos croissants vegan também se combate o desperdício
Abriu nos Anjos, em Lisboa, um café vegan, de café de especialidade e que todos os dias luta contra o desperdício alimentar. Bem-vindos ao Gal.
O espaço de restauração que nasce no Hub Criativo do Beato abre portas este sábado. Há comida, musica, boas conversas e muitos produtos portugueses.
São mais de mil metros quadrados entre portas e muitos mais de espaço exterior. Na verdade, são poucas as barreiras a este projeto. A Praça, o espaço de restauração que vai servir o Hub Criativo do Beato — e não só — abre-se finalmente ao público este sábado, dia 24, depois de algumas experiências pop up que deixaram um cheirinho de que algo de grande aí estava a chegar.
A Peggada foi visitar o espaço ainda a ultimar os pormenores do evento de inauguração, e teve Cláudia Almeida e Silva como mestre de cerimónias. A mentora do projeto mal pode esperar por ver nascer aquilo com que sonhava quando ainda tudo era um projeto feito em rascunho. “Nasci para servir o Hub, mas onde está a malta para eu servir?”, brinca, referindo-se aos atrasos na abertura do espaço que vai incubar startups ou, como lhe chamou o presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, “a fábrica de unicórnios”. “Fomos os mais bem comportados e estamos prontos para abrir, só nos faltam as bocas para alimentar”. É verdade que as empresas e unicórnios estão a tardar a assentar arraiais junto ao rio, mas Cláudia não vai ficar à espera. A Praça abre oficialmente ao público, num horário a pensar no final do trabalho, sabendo que quando o Hub estiver em funcionamento, as horas vão ser alargadas.
Para já, conta com um pavilhão dividido em múltiplas partes, mas que funciona para o mesmo objetivo: dar a conhecer os melhores produtos portugueses e os seus produtores. “Sentimos falta disso. Temos produtos incríveis e que ainda são desconhecidos para muita gente. Mais ainda quem são as pessoas que estão por trás deles. A Praça vai ser o lugar para dar palco a tudo isso”, conta.
É por isso que a cada produto exposto se junta uma cara, um nome e um produtor. A perna de presunto, por exemplo, não é só uma perna de presunto. É um produto que vem do Feito no Zambujal, um projeto de Rui e Manuel Jerónimo, irmãos, que decidiram há sete anos mudar de vida e se dedicarem à agropecuária.
Num espaço sem paredes, convive a garrafeira, a parede dos azeites, a mercearia, a padaria e o bar de cocktails. O pão é feito lá, e quem diz pão diz todos os seus derivados: tostas, pizzas e tartines, por exemplo. A garrafeira está dividida por tipos de solo — xisto, granito, basalto ou calcário, e é também espaço de prova. No bar os cocktails são de autor e feitos com produtos da época. Agora, contem com cenoura e ameixa na lista de ingredientes. Na mercearia há chás, arroz, compotas, sal e tudo o que precisas para se abastecer com rótulo nacional.
Em breve, podemos contar com o cantinho do café de especialidade e com o da Companhia Portugueza do Chá. “A Praça é um organismo vivo. Não vamos abrir a 100%, mas vão ver-nos a crescer”, garante Cláudia.
Da cozinha vão sair petiscos e lá fora estará a grelha por onde passarão as carnes autóctones e o peixe da nossa costa. Vegetarianos, nada temam, que a época dos cogumelos promete uma tosta que nos prometeram ser incrível.
No pavilhão vizinho, e ainda em obras de reestruturação, nascerá no prazo de um ano, acredita Cláudia, a continuação de tudo isto. O espaço estará dividido por secções: peixe, carne, vegetariano, bar de saladas, bar de sumos, e ainda um mercado de frutas, verduras e produtos a granel. Como o conceito da Praça passa sempre por dar a conhecer os produtos, o cliente tem múltiplas formas de o fazer. O vinho, o queijo e a charcutaria pode ser consumido lá, pode ser comprado para levar para casa, e pode ainda fazer parte do próximo cabaz que decidir receber em casa — a Praça é também um distribuidor de cabazes de produtos portugueses ao domicílio. E mesmo o peixe e a carne que estarão à venda no mercado, pode ser cozinhado logo ali na grelha, ou embalado da melhor forma para uma degustação mais caseira.
Como nem só de comida vive este espaço à beira rio, foi montado um pequeno anfiteatro que será palco para colóquios, palestras e até para música. As quintas serão de jazz e os restantes dias da semana serão devidamente preenchidos com banda sonora para a refeição.
No piso de cima funcionará uma academia de cozinha, “mas uma academia técnica”, explica Cláudia. Ou seja, é aqui se vai ensinar a fazer cortes, a desmanchar um peixe, a aproveitar o produto na sua plenitude.
Estão a acompanhar todo este dinamismo? É que ainda há mais. Junto ao mercado, haverá uma cozinha aberta que será ocupada por cozinheiros dos restaurantes mais típicos do país. “Já imaginou o que é trazer o cozinheiro do Alpendre, em Arraiolos, onde vou de propósito para comer as plumas, que são maravilhosas?”. Cláudia é uma entusiasta e deixa-nos entusiasmados. Sábado juntem-se à festa de inauguração. Do meio dia à meia noite há comida, música, produtos e produtores. Há também uma conversa moderada pela Peggada sobre solos, produção consciente e sustentabilidade, com a presença dos mentores dos projetos O Talho das Manas, Porcos Natura e as Ostras do Sado da produtora Célia Rodrigues.
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