Já é possível comprar artigos de bebé em segunda mão no Continente e no Auchan
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Desde fraldas que se transformam em composto, até fraldas feitas de cartão reciclado, há cada vez mais projetos a nascer para evitar que estes resíduos acabem simplesmente em aterros.
Estima-se que um bebé utilize cerca de 5 mil fraldas até aos 3 anos, altura em que habitualmente acontece o desfralde. Uma vez descartadas, as fraldas contribuem com 10% do lixo doméstico.
Para quem se preocupa com o impacto ambiental que é ter um bebé, existem opções. As fraldas reutilizáveis são uma opção e, pelos cálculos já feitos, a mais viável (principalmente se outros fatores na sua utilização forem maximizados, como o número de bebés que as usam, a máquina e os ciclos em que são lavadas, etc). No entanto, existem outras iniciativas que trabalham para que as fraldas descartáveis — as que são ainda usadas pela maioria — não acabem simplesmente no lixo.
Fraldas que se transformam em composto
Na Alemanha, cerca de 500 mil toneladas de fraldas descartáveis são incineradas todos os anos, produzindo um desperdício que enche 12 mil camiões.
Mas Ayumi Matsuzaka pretende por fim a este problema com a sua startup Dycle, sediada em Berlim. Matsuzaka desenvolveu fraldas que se transformam num solo negro enriquecido em nutrientes para o cultivo de árvores de fruto.
Dycle, que significa “Diaper Cycle” (o ciclo das fraldas), abrange os processos da produção, do uso e da reciclagem das fraldas de bebé.
As fraldas, produzidas 100% com matéria orgânica, são recolhidas e entregues para compostagem. Através do processo da sua compostagem, desenvolve-se um tipo de solo, que é particularmente fértil para árvores de fruto, que podem ser utilizadas, tanto para produção e venda de frutas como para produtos alimentares, para bebé.
Os especialistas da Dycle estimam que um ano de fornecimento de fraldas pode resultar numa produção de 1 tonelada de solo.
Para além de ajudar na redução do desperdício de resíduos e aumentar a produção de fraldas sustentáveis, a Dycle também encoraja a formação de comunidades urbanas. Uma comunidade de cerca de 100 famílias, de bairros semelhantes que se encontra regularmente num ponto específico de distribuição, plantando árvores e criando laços entre si.
Também na Austrália, onde nascem 300 mil novos bebés por ano, sendo que cerca de 95% deles usam fraldas descartáveis, está a nascer um projeto que quer fazer algo mais com este tipo de resíduo.
A Kimberly-Clark, fabricante das fraldas Huggies, anunciou o novo programa de reciclagem de fraldas, que utiliza a digestão anaeróbica para transformar os materiais orgânicos de fraldas Huggies usadas num composto rico em nutrientes, enquanto os componentes plásticos são separados e encaminhados para outro tipo de produtos. Além disso, o processo de digestão anaeróbica cria bioenergia que pode ser utilizada para abastecer a própria instalação de compostagem da central.
Fraldas biodegradáveis produzidas com cartão reciclado.
Na Finlândia, já está a ser estudado um método de produção de fraldas mais amigo do ambiente. Estas fraldas são produzidas com cartão reciclado, o que traz várias vantagens: são biodegradáveis; o seu preço pode ser mais competitivo em relação ao das fraldas comuns, feitas de plástico (cerca de 20% mais baratas); e a sua matéria-prima pode ser utilizada na produção de produtos de higiene e, até, na construção civil.
A utilização deste material não é, propriamente, novidade, a diferença está na forma como é produzido. No Centro de Pesquisa Técnica VTT, em Espoo, na Finlândia, foi desenvolvido um método menos agressivo para o ambiente, como a redução da água utilizada no processo e o facto de se extrair do cartão reciclado o tecido da celulose, poupando, assim, um pouco mais as nossas florestas.
Uma vez que levam cerca de 500 anos a decompor-se em microplásticos, que nunca serão absorvidos pela natureza, e são produzidas de formas pouco sustentáveis, as fraldas descartáveis convencionais são nocivas para o ambiente, desde a sua produção até ao seu descarte. Assim, são sempre bem vindos novos projetos que incentivem o uso de fraldas mais amigas do ambiente, sendo que essa mudança permite a poupança de água no seu fabrico, a redução de resíduos e o reaproveitamento de muitos materiais que, de outra forma iriam ser desperdiçados.
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Este artigo promove uma ação que incentiva à diminuição de geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reutilização.
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