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Um novo estudo concentrou-se em nove simulações no Oceano Ártico, que apontam para o primeiro dia sem gelo no espaço de três a seis anos.
Nos últimos anos, os investigadores estimaram a perda de gelo no Oceano Ártico por volta de 2030, mas um novo estudo revelou que o primeiro dia sem gelo pode ocorrer já no final do verão de 2027.
O primeiro dia sem gelo no Ártico é definido pelos cientistas como a primeira vez que a área de gelo marinho diminui para menos de um milhão de quilómetros quadrados num curto espaço de tempo.
Enquanto a maioria das projeções sobre o gelo marinho do Ártico se concentram nos valores médios mensais, este estudo, publicado na revista Nature Communications, apresenta, pela primeira vez, projeções multimodelo que indicam quando poderemos assistir ao primeiro dia sem gelo tendo por base as condições equivalentes de 2023.
“A primeira vez que o Ártico atingir condições de ausência de gelo será um acontecimento com um elevado significado simbólico, uma vez que demonstrará visualmente a capacidade dos seres humanos para alterar uma das caraterísticas que definem o Oceano Ártico através das emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa – a transição de um Oceano Ártico branco para um Oceano Ártico azul”, alerta a equipa de investigadores internacionais, que utilizou mais de 300 modelos informáticos para as previsões.
Embora a maior probabilidade de ocorrência do primeiro dia sem gelo se situe entre sete e 20 anos, o estudo concentrou-se nas nove simulações em que a transição é mais rápida, no espaço de três a seis anos.
“Ao centrarmo-nos nestas simulações de transição rápida, não estamos a sugerir que as condições de ausência de gelo serão atingidas tão rapidamente. Em vez disso, o objetivo é sensibilizar para o potencial de uma rápida perda de gelo marinho num futuro próximo e fornecer informações sobre o que pode conduzir a estes acontecimentos raros, mas de grande impacto”, explicam os investigadores.
Os autores do estudo verificaram que a maioria dos primeiros dias sem gelo ocorreu em agosto, o primeiro período sem gelo durou entre 11 e 53 dias, e todos os primeiros dias sem gelo projetados “ocorrem durante um evento de perda rápida de gelo e estão associados a um forte aquecimento no inverno e na primavera anteriores”, o que leva a uma perda de massa de gelo marinho durante todo o ano.
“A transição para um Oceano Ártico com uma área de gelo marinho inferior a um milhão de quilómetros quadrados (normalmente utilizado como limiar de ausência de gelo) no verão tem efeitos em cascata no resto do sistema climático: aumentaria notavelmente o aquecimento do oceano superior, acelerando a perda de gelo marinho durante todo o ano e, por conseguinte, acelerando ainda mais as alterações climáticas, e poderia também induzir fenómenos mais extremos a latitudes médias”, lê-se no estudo.
A longo prazo, “uma maior redução da cobertura de gelo marinho no verão terá também um impacto negativo no ecossistema ártico, já em dificuldades, desde o emblemático urso polar até ao crucial zooplâncton”.
Os investigadores encontraram frequentemente ondas de calor/bloqueios e/ou intrusões de ar quente e tempestades a atravessar o Ártico nos dias que antecederam o primeiro dia sem gelo, eventos que poderão aumentar de frequência à medida que o Ártico aquece, tornando cada vez mais provável o primeiro dia sem gelo.
“O primeiro dia sem gelo no Ártico não vai mudar drasticamente as coisas. Mas mostrará que alterámos fundamentalmente uma das características que definem o ambiente natural do oceano Ártico, que é o facto de estar coberto de gelo marinho e neve durante todo o ano, devido às emissões de gases com efeito de estufa”, refere a climatologista Alexandra Jahn e uma das autoras do estudo, em comunicado.
“Embora o primeiro dia sem gelo tenha um elevado significado simbólico, não significa que depois disso o Oceano Ártico fique sem gelo todos os anos”, esclarecem os cientistas.
“Para todos os casos de transição rápida, o primeiro dia sem gelo ocorre em anos em que o aquecimento global é igual ou superior a 1,5 °C acima do nível pré-industrial, que é o objetivo a não exceder estabelecido pelo Acordo de Paris (…). Isto significa que, se conseguíssemos manter o aquecimento abaixo do objetivo do Acordo de Paris, os dias sem gelo ainda poderiam ser potencialmente evitados”, concluem.
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