No El Corte Inglés, a roupa usada ganha uma nova vida
O El Corte Inglés e a To Be Green, spin-off da Universidade do Minho, uniram esforços para, numa parceria inédita, produzirem 300 novos artigos com
Entre o lixo indiferenciado e os contentores de recolha, fomos entender qual a melhor solução para a roupa que não está em condições de ser reutilizada.
A Peggada escreveu sobre as diferentes opções disponíveis para a roupa que já não usamos. E ainda que haja várias soluções para aquela que ainda pode ser utilizada por outra pessoa, surgiram dúvidas quanto àquela que já não está em condições de uso. Fomos investigar e trazemos a resposta.
Se tens meias, camisolas ou ténis rotos, descosidos ou manchados, que não estão aptos para doação, não os coloques no caixote do lixo indiferenciado. Esta opção não permite a separação dos têxteis, permite apenas que sejam descartados em aterro ou incineração, dois destinos que têm um grande impacto nas emissões dos gases de estufa.
Existem ainda poucos sistemas de recolha de têxteis que permitem a revalorização das roupas de forma eficaz e rastreável. Ainda assim, os contentores de depósito de roupa são uma opção viável, mesmo para as peças que se encontram em fim de vida. Depois da recolha, é feita a triagem das roupas em boas condições e a sua doação ou revenda em mercados de segunda mão e terceiros, dentro e fora de Portugal.
Quanto à roupa que não é passível de ser reutilizada, a associação Zero esclarece à Peggada que esta “será enviada para reciclagem”, ainda que não garantam que isso aconteça sempre. “De qualquer modo, a probabilidade é muito maior de ser reciclada, mesmo que em downcycling, ou seja, transformada para fins menos nobres, ao invés de dar origem a fibras para fazer novas roupas”, referem ainda.
A re-valorização, ou reciclagem das fibras têxteis, permite que os tecidos em fim de vida sejam transformados em matéria-prima secundária e sejam reaproveitados em colchoaria, como enchimento de alcatifas e colchões, brinquedos e almofadas, na indústria automóvel para recheio de bancos e isolamento de veículos; na construção, para isolamento doméstico, pavimento de estradas, e parques infantis. Exemplo na reaproveitação têxtil é a empresa Sasia, que aproveita os têxteis do consumidor final e da indústria, produzindo fibras têxteis recicladas, a partir de resíduos têxteis de pré e pós-consumo.
Nem todos os tecidos têm o mesmo potencial de reciclagem e atualmente, só 1% é reciclado com qualidade, explica a Zero. As peças só com uma fibra ou de fibra de origem renovável (algodão, cânhamo, linho, seda, juta, coco) são mais fáceis de reciclar e de darem origem a fio novo. Ao contrário das fibras sintéticas, ou plásticas, constituídas por matéria-prima não renovável proveniente do petróleo (nylon, poliéster, acrílico), que passam por um processo de refinação e reciclagem química de acordo com a sua cor e estrutura, o que exige uma reciclagem mais intensiva em mão-de-obra.
É possível concluir que há ainda um longo trabalho a ser feito, do ponto de vista do produtor e da rede de logística local, para garantir que a transformação das matérias seja feita em função das necessidades da indústria e que sejam encontradas soluções locais que evitam a exportação das peças e a pegada da logística.
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Na Califórnia, os produtores de vestuário e de artigos de tecido terão de assumir a responsabilidade por todo o ciclo de vida dos seus artigos,
Apesar de a reciclagem mecânica ser o método mais utilizado, esta não consegue lidar com têxteis multifibra. A nova abordagem promete reciclar eficazmente estes resíduos,
Este artigo promove uma ação que incentiva à diminuição de geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reutilização.
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