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Os investigadores utilizaram uma abordagem inovadora com inteligência artificial para medir o impacto de 1500 medidas aplicadas pelos governos em 41 países ao longo de duas décadas. Apenas 63 foram consideradas eficazes.
Um estudo recente liderado por economistas climáticos analisou a eficácia de 1500 políticas climáticas de setores que incluem energia, transportes e construção, implementadas entre 1998 e 2022 em 41 países diferentes, concluindo que apenas 63 intervenções políticas foram bem sucedidas, resultando em reduções significativas de dióxido de carbono (CO2).
Estas medidas permitiram reduzir as emissões totais entre 0,6 mil milhões e 1,8 mil milhões de toneladas de CO2. Em comparação, a humanidade emitiu 57,4 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) em 2022, e até 2030, o défice médio de emissões continua a ser de 23 mil milhões de toneladas de CO2e, segundo estimativas das Nações Unidas (ONU).
Em termos gerais, a equipa de investigação concluiu que:
De acordo com o estudo, publicado na revista Science, “os casos de sucesso só surgem em conjunto com incentivos fiscais ou de preços em combinações de políticas bem concebidas, como mostrado no Reino Unido para a geração de energia a carvão [com a introdução de um preço mínimo para o carbono, subsídios para as energias renováveis e um plano de eliminação progressiva do carvão] ou na Noruega para os automóveis”.
Os autores do estudo analisaram 1500 políticas climáticas documentadas numa nova base de dados de alta qualidade da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE), e mediram as “quebras de emissões” que se seguiram às intervenções políticas.
Para tal, foi utilizada uma metodologia desenvolvida pela Climate Econometrics do The Institute for New Economic Thinking da Oxford Martin School (INET Oxford) que mistura inteligência artificial (machine learning) com análise estatística. É a primeira vez que um conjunto de dados global de políticas é comparado e classificado desta forma.
Os investigadores colocaram os dados à disposição dos decisores políticos de todo o mundo e produziram uma visualização dos dados num painel de controlo, esperando que o seu trabalho influencie os roteiros climáticos que os países estão a atualizar e que deverão apresentar à ONU até fevereiro de 2025.
“O painel de controlo (…) constitui uma plataforma acessível para efetuar comparações país a país e setor a setor e para encontrar uma combinação de políticas adequada para diferentes situações”, explica o Professor Felix Pretis, coautor do estudo e co-Diretor do Programa de Climate Econometrics do Nuffield College, Universidade de Oxford.
“O baixo número de grandes reduções de emissões é certamente preocupante. Mas o nosso estudo também traz boas notícias. Em primeiro lugar, a proliferação de políticas ocorreu na última década: os nossos dados mostram que, em 2022, o número médio de adoções de políticas climáticas situou-se entre quatro e oito políticas por país. Por outro lado, os 63 casos de políticas climáticas bem-sucedidas ajudam-nos a compreender as principais características daquilo que funciona”, destaca Annika Stechemesser, investigadora do PIK e principal autora do estudo, em declarações à ABC.
O estudo “Climate policies that achieved major emission reductions: Global evidence from two decades” foi desenvolvido por investigadores da Universidade de Oxford, do PIK e do Instituto Mercator para Investigação sobre Bens Comuns Globais e Alterações Climáticas (MCC), em colaboração com especialistas das universidades de Oxford e Victoria, bem como a OCDE.
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Esta publicação também está disponível em: English (Inglês)
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