Universidade de Cambridge suspende donativos de empresas de combustíveis fósseis
A decisão da Universidade de Cambridge surge na sequência de uma campanha de estudantes e académicos da universidade britânica. A Universidade de Cambridge deixou de
Segundo um estudo do British Medical Journal, grande parte destas mortes seria potencialmente evitável eliminando progressivamente os combustíveis fósseis e substituindo-os por fontes de energia limpas e renováveis.
A poluição do ar relacionada com a queima de combustíveis fósseis causa 5,13 milhões de mortes por ano em todo o mundo, conclui um estudo publicado na revista British Medical Journal (BMJ). Este número é maior do que o previamente estimado, o que leva os cientistas a destacar que substituir os combustíveis fósseis por energias renováveis traria “tremendos benefícios tanto para a saúde pública como para o clima”.
No total, estima-se que a poluição atmosférica por partículas finas e ozono provoque 8,34 milhões de mortes em excesso por ano a nível mundial, sendo que a mortalidade é particularmente elevada na zona do Sudeste e Sul Asiático, devido à elevada poluição e densidade populacional.
A equipa constituída por cientistas de vários laboratórios europeus e norte-americanos desenvolveu um novo modelo de análise para estimar todas as causas de morte e contabilizar o excesso de mortalidade (ou seja, as mortes acima do que seria de esperar num determinado período de tempo). Até agora, poucos estudos a nível global tinham atribuído as mortes a fontes de poluição específicas.
Os investigadores recorreram a dados do estudo “Carga Global de Morbidade” de 2019 (um estudo sobre a mortalidade e incapacitação causadas por 107 doenças e dez fatores de risco) e a observações de satélites da NASA da poluição de partículas atmosféricas e química da atmosfera.
A maior parte (52%) da mortalidade está relacionada com doenças cardiometabólicas, em especial a doença cardíaca isquémica (30%). O acidente vascular cerebral e a doença pulmonar obstrutiva crónica representam ambos 16% da carga de mortalidade.
“Há cada vez mais provas de que a poluição atmosférica provoca inflamação sistemática e stress oxidativo, que leva à deterioração da saúde cardiovascular e respiratória, e tem efeitos adversos no sistema nervoso, metabolismo e na saúde mental e reprodutiva”, lê-se no artigo.
Os cientistas referem que uma grande parte das mortes seria evitável, uma vez que estão associadas a emissões provenientes de atividades humanas, como as indústrias, a produção de energia e os transportes.
O estudo conclui que eliminar progressivamente os combustíveis fósseis é uma intervenção eficaz para melhorar a saúde e salvar vidas, como parte do objetivo da Organização das Nações Unidas em alcançar a neutralidade climática até 2050.
A publicação do artigo coincidiu com a realização da COP28, deixando um alerta para a necessidade de um acordo entre governos para abandonar os combustíveis fósseis e acelerar o investimento em energias limpas e renováveis.
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