SOS: Salvem a Nossa Escola. O filme para todos os que acreditam no futuro
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Nada melhor para assinalar esta data do que assistires a documentários urgentes e histórias impactantes cujo foco está nas alterações climáticas ou na luta pela sustentabilidade. Escolhemos 10 filmes que podes ver nas plataformas de streaming.
Instituído em 1996 em sede da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Dia Mundial da Televisão pretende ser mais do que uma celebração do pequeno ecrã que se tornou numa peça fundamental da sociedade moderna. Este dia “marca o reconhecimento da crescente importância que a televisão tem nos processos de tomada de decisão, através da atenção que atrai para temas como conflitos, ameaças à paz e à segurança”, refere esta nota emitida pela União Europeia. É, assim, uma forma de recordar que este é, ainda hoje, “um símbolo de comunicação e globalização nas sociedades contemporâneas”.
Selecionámos então um conjunto de filmes de ficção e documentário que se centram em torno das questões da sustentabilidade e do clima, seja ao recordar lutas passadas, seja ao alertar para o futuro.
O milhafre-preto é uma espécie bem conhecida de Portugal. Apesar de não serem endémicas ao nosso país, estas aves de rapina viajam para cá como parte do seu ciclo migratório. São elas as protagonistas deste documentário multipremiado e nomeado aos Óscares, que segue os esforços de Mohammad Saud e Nadeem Shehzad. Ambos residentes de Nova Déli, a capital da Índia, os dois irmãos dedicam-se a cuidar de milhafres-pretos — naturais desta região, mas a morrer em cada vez maior número devido à poluição — feridos, sendo um exemplo tocante da tentativa de coexistência entre humanos e animais.
A par da primatologista Jane Goodall, David Attenborough deve ser a figura mais conhecida do mundo no que toca à divulgação das suas maravilhas naturais e das tentativas da sua preservação. O britânico, que já conta com 97 anos, dedicou a maior parte da sua vida a defender um planeta que agora teme estar mais ameaçado que nunca. Este documentário funciona como um testemunho das alterações que viu acontecerem e o que pode vir a seguir-se no futuro.
Este filme é conhecido principalmente por dois aspetos: foi o que valeu a Julia Roberts o seu primeiro e único Óscar de Melhor Atriz e foi também parte da dupla nomeação de Steven Soderbergh a Melhor Realizador — o outro filme foi Traffic. O prestígio dos prémios talvez tenha vindo a ofuscar o facto de esta obra ser uma dramatização de uma pessoa bem real. Técnica jurídica até então sem experiência, Erin Brockovich foi responsável por mover um processo contra a empresa energética Pacific Gas and Electric Company (PG&E), da Califórnia, em 1993, pela contaminação de água potável com químicos. O filme descreve essa missão de forma divertida, sem perder o cerne do seu ativismo ambiental.
Este é o reverso de Erin Brockovich — menos bem disposto, mais soturno e inquietante. Thriller realizado por Todd Haynes — um dos mais singulares cineastas de Hollywood —, aborda a história de Robert Bilott, o advogado ambiental que perseguiu a empresa química DuPont pelo lançamento ilegal de substâncias no estado do Ohio. Interpretado aqui por Mark Ruffalo, Bilott lançou-se nesta odisseia jurídica de 20 anos depois de várias pessoas morrerem contaminadas.
São uma das maiores maravilhas da natureza — mas também uma das mais ameaçadas formas de vida do mundo. Os recifes de coral que pintalgar os nossos oceanos de cor estão a morrer a um ritmo alarmante e a equipa de investigadores que este filme acompanha tem vindo a documentar a sua perda. Vencedora de vários prémios — destacando-se um Emmy —, esta obra alerta para o futuro incerto dos corais.
Em “O Jardim das Delícias Terrenas”, famoso quadro do mestre neerlandês Hieronymus Bosch, vêem-se três representações do planeta — a terceira, à direita, é o inferno. É para essa representação que alude este filme, realizado por Fisher Stevens e produzido por Leonardo DiCaprio — que também assume funções de narrador. Este é um dos mais recentes documentários a detalhar os riscos das alterações climáticas e a procurar combater o negacionismo climático. Na esteira de obras como Uma Verdade Inconveniente, este filme percorre o globo e aponta o que poderá acontecer com a subida do nível das águas provocada pelo degelo das calotas polares. A sua mensagem é que cabe a nós não acabarmos como o quadro de Bosch.
Muita da divulgação em redor das alterações climáticas centra-se nas causas dos problemas e nos seus efeitos devastadores. Apesar de ser urgente e necessário pôr o dedo na ferida, isso também pode levar as pessoas a uma forma de pessimismo imobilista. É por isso que documentários como este são tão ou mais importantes. Narrado por Woody Harrelson, esta trata-se de uma obra centrada nas práticas da agricultura regenerativa, essencial para contrariar o esgotamento dos solos e reestabelecer a sua saúde. Sem solo, não há alimento, pelo que o conjunto de cientistas, ativistas e agricultores que dão a cara neste filme está a lutar não só pelo ambiente, como também pela nossa sobrevivência.
O que Kiss the Ground representa para os agricultores, Ice on Fire vale para os cientistas na linha da frente no combate aos efeitos nocivos do aquecimento global. Outro documentário produzido e narrado por DiCaprio, desta feita o foco está no risco potencialmente catastrófico da libertação de gás metano no Ártico devido ao degelo e nos avanços tecnológicos feitos para tentar reverter esta situação ao captar carbono e evitar que seja solto na atmosfera.
Hoje o seu nome é sinónimo de Parasitas, o thriller que o colocou nas bocas do mundo, mas Bong Joon há muito que já vinha a trilhar o seu percurso como cineasta corajoso e de talento ímpar. Neste filme, o sul-coreano trouxe à tela uma história de ficção científica sobre uma enorme porca geneticamente modificada e a sua dona que quer protegê-la da ganância da indústria da carne. Com um elenco de luxo — Tilda Swinton, Paul Dano e Jake Gyllenhaal figuram neste filme, entre outros nomes — esta é daquelas obras de ficção cuja história enoja e indigna sem precisar de ser moralista.
Realizado por uma das figuras mais contestatárias e mal-amadas de Hollywood — Paul Schrader, que escreveu os guiões de Raging Bull e Taxi Driver de Martin Scorsese — este filme produzido pela A24 acompanha Ernst Toller, um pastor protestante, interpretado por Ethan Hawke. A trama central do filme gira à volta de um casal que Toller pretende ajudar, sendo que o homem da relação é um ativista ambiental que não quer ter filhos pois recusa-se a trazê-los para um mundo à beira da catástrofe climática. Temas como este e como até que ponto vai a legitimidade do ativismo pontuam uma obra amplamente celebrada pela crítica.
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