Restaurantes e comércio pagarão apenas o lixo que fazem — e já em 2025
Os restaurantes, o comércio e os serviços vão passar a pagar pelo lixo que produzem e não o valor indexado à fatura da água. A
Um estudo recente avaliou cerca de 10 mil cidades em todo o mundo tendo em conta a sua acessibilidade a serviços essenciais. A Europa destaca-se pela positiva, principalmente nas cidades de pequena e média dimensão.
A cidade suíça de Zurique foi considerada o melhor exemplo de uma cidade de 15 minutos. Segundo um novo estudo, 99,2% dos seus residentes vive a menos de 15 minutos a pé de serviços essenciais, incluindo escolas, hospitais, parques e lojas.
Milão, Copenhaga, Dublin e Turim juntam-se à lista de cidades com serviços essenciais acessíveis em 15 minutos para mais de 95% dos residentes.
O estudo, publicado na revista Nature Cities, foi realizado pelos Laboratórios de Informática da Sony e avaliou cerca de 10 mil cidades em todo o mundo. Os investigadores utilizaram dados abertos para calcular a distância média que as pessoas têm de percorrer a pé ou de bicicleta para chegar a serviços essenciais e calcularam a proporção de habitantes que têm o que precisam a poucos minutos, concluindo que apenas uma pequena fração pode ser considerada “cidades de 15 minutos”. Podes ler mais sobre o tema neste artigo da Peggada.
Foi ainda publicado um mapa que mostra a distância a que os locais estão de se tornarem cidades de 15 minutos. Em Portugal, é possível observar os tempos de acessibilidade (a pé e de bicicleta) de Viana do Castelo, Braga, Guimarães, Póvoa de Varzim, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Lisboa, Faro, Ponta Delgada e Funchal.
Ao selecionar uma cidade, é possível ter uma visão mais detalhada sobre a proximidade dos serviços em diferentes zonas urbanas: nas zonas a vermelho, o tempo necessário para aceder aos serviços mais próximos é, em média, superior a 15 minutos, enquanto as zonas a azul são zonas de 15 minutos. Os dados são apresentados tendo em conta a acessibilidade média ou por categoria – atividades ao ar livre, educação, abastecimento, alimentação, deslocações, atividades culturais, exercício físico, serviços e cuidados de saúde.
Os investigadores selecionaram 54 cidades para um estudo mais pormenorizado e descobriram que as cidades mais acessíveis eram as cidades europeias de média dimensão.
Também as cidades pequenas tendem a obter melhores resultados, mas há exceções em grandes metrópoles, como Berlim e Paris, onde mais de 90% dos residentes vive a menos de 15 minutos a pé de serviços essenciais.
Já as cidades norte-americanas em expansão com uma elevada dependência de automóveis, como San Antonio, Dallas, Atlanta e Detroit, surgem no fundo da classificação.
Porém, os autores não deixam de afirmar que o estudo é limitado devido a dois fatores: a qualidade dos dados abertos, que são mais irregulares em cidades fora da Europa e da América do Norte; e o facto de ser muito prático e seguro andar a pé em algumas cidades. O tráfego intenso, a criminalidade elevada, o mau tempo e as colinas íngremes podem desencorajar as pessoas de caminhar mesmo em distâncias geograficamente curtas.
Os autores desenvolveram um algoritmo de forma a perceber o quanto as cidades teriam de mudar para se tornarem acessíveis. O estado de Atlanta, por exemplo, teria de deslocalizar 80% das suas comodidades para conseguir uma distribuição igual por residente, enquanto Paris teria de deslocalizar apenas 10%.
Para Hygor Piaget, coautor da investigação, o estudo não é uma proposta para destruir as cidades e redistribuir os seus serviços, mas sim um exercício matemático para fazer as pessoas refletirem. “Estamos a procurar formas de melhorar a vida da maioria das pessoas”, sublinhou em declarações ao The Guardian.
No entanto, os investigadores alertam para o facto de que tornar uma cidade mais acessível não é suficiente, por si só, para reduzir a dependência dos automóveis particulares. Embora os Países Baixos possuam algumas das melhores infraestruturas para bicicletas na Europa, ainda têm mais carros per capita do que países rurais como a Irlanda e a Hungria.
Em Zurique, a população tem-se queixado da falta de infraestruturas adequadas para bicicletas e dos perigos enfrentados pelos ciclistas, tendo votado a favor (71%) de uma proposta de construção de 50 km de ciclovias em 2020.
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Este artigo aborda uma ação que promove a mudança para cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, ajudando na redução do impacto ambiental adverso das cidades.
Esta publicação também está disponível em: English (Inglês)
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