Quinta da Quinhas. É cowork, é alojamento, é um ponto de encontro
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Fica perto das praias do Meco, naquela distância perfeita para quem quer escapar do caos que a cidade pode ser. Tem uma piscina, vista para o mar e, apesar de nada disso ser o que temos em casa, na Villa Epicurea sentimo-nos numa.
Chegamos num dia de chuva, o que podia ser logo motivo para lamentos perante toda uma piscina biológica disponível e nós a vê-la encher-se de pingas geladas.
Tiramos as botas molhadas, trocamo-las por umas meias quentes e assim ficamos por toda a estadia, até mesmo na hora de sair do quarto. “Achas que vale a pena calçar os sapatos?”, ainda nos perguntamos. Mas não, a área comum do Villa Epicurea faz-nos sentir em casa, mesmo que essa casa seja partilhada com um casal luso-francês e uma terapeuta nova-iorquina desejosa de se mudar para Portugal.
A Villa Epicurea multiplica-se em três quartos e duas villas, ainda que o ponto de encontro se dê numa sala com lareira e uma cozinha aberta a quem queira partilhar um petisco.
Aliás, na mesa comum e disponível durante todo o dia estão fruta, bolachas e fatias de bolo caseiro. Há também água aromatizada e vários tipos de chá. É só encher o caneca, sentar no sofá, e escolher ver o mar ou ler um dos livros disponíveis para leitura.
“Este não é só um sítio para dormir”, garante Marianna Yakobson. E não é mesmo.
Inserido numa paisagem daquelas que faz gente de todo o mundo vir até cá, o Villa Epicurea é, desde a sua génese, um projeto com foco no ambiente e no bem estar.
“Sempre pensamos neste espaço como um espaço de cura, daí o nome Epicurea, que vem de Epicuro, que incentiva a procura dos prazeres da vida para atingir um estado de tranquilidade”, refere. E, de facto, não há pico de stress que não desça assim que se entra naquele refúgio no qual a banda sonora de dentro e a chuva lá fora parecem ter sido feitos para um filme.
Pelas suas características, o espaço é muito usado para retiros. Têm, inclusive, um projeto de retiros individuais. “Já recebemos desde pessoas que acabaram de se divorciar e precisam de um tempo de cuidado, até pessoas com problemas de pele à procura de um tratamento completo”, conta. Aí, na temporada que ficam no Villa Epicurea, a alimentação e os tratamentos são pensados de forma individualizada.
No entanto, sobra ainda espaço para quem procure apenas um alojamento inserido na natureza, a caminho das praias do Meco. Para quem viaja sozinho, em casal, ou em família, há opções de quarto ou mini casinha equipada com sala e cozinha.
À parte dos alojamentos e no topo deste terreno está um dome, que serve de refúgio para aulas de yoga ou para as massagens, seja durante os retiros ou mediante marcação prévia dos hóspedes.
Marianna, que trabalhou muitos anos em fotografia e também em publicidade, cedo percebeu que esse não seria o seu caminho e que este podia ser feito numa outra vertente, que também já fazia parte de si. “Já praticava yoga, já tinha muitas preocupações ambientais, e queria que o meu trabalho de focasse nesse bem estar por um todo”, conta à Peggada.
Por isso, na hora de criar um alojamento de raiz, tudo foi pensado para o bem estar dos hóspedes, mas com o mínimo impacto para o planeta.
A piscina é biológica e tratada com zero químicos, não imprimem nada em papel (nem sequer têm uma impressora), o papel da casa de banho é reciclado e os detergentes e produtos de higiene são biológicos.
A loiça e as toalhas são produzidas em Portugal e grande parte delas compradas com pequenos defeitos, para evitar que não fossem ter uso por outros.
Ainda que o pequeno-almoço tenha alguns produtos que vêm do supermercado, as frutas e legumes são de uma horta biológica mesmo ao lado.
É difícil chegar à Villa Epicurea sem ser de carro mas, depois de lá estar, é deixar as quatro rodas, uma vez que existem bicicletas para alugar e todo o staff está disponível para aconselhar sobre quais as melhores caminhadas a fazer (e os melhores restaurantes para parar e repor energias) de maneira a conhecer uma das zonas mais bonitas do país.
E ainda que a Villa Epicurea não seja um restaurante, é possível ter uma tábua de petiscos a acompanhar com um dos vinhos da garrafeira, além da possibilidade de ter um jantar às sextas e sábados feito pela Lotte, uma belga apaixonada por Portugal e por comida.
A Lotte também pode deixar a comida praticamente pronta, só a precisar de ser aquecida, num serviço a que deram o nome de “A mãe deixou comida no forno”.
Como é que alguém vai querer fazer check out?
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