Quinta da Quinhas. É cowork, é alojamento, é um ponto de encontro
13/11/2024
A Quinta da Quinhas abriu em Vila Praia de Âncora para ser o abrigo de quem por lá passa a caminho de Santiago de Compostela,
O Turismo de Portugal realizou um inquérito ao desempenho ambiental dos alojamentos turísticos. Existem medidas concretas de poupança de água e energia, mas ainda muito mais para fazer.
Este não é um estudo de mais ou menos, até porque é o primeiro feito para avaliar o desempenho ambiental dos Empreendimentos Turísticos seguindo esta metodologia. É um estudo pensado para situar e avaliar o desempenho ambiental dos Empreendimentos Turísticos, tendo especialmente em vista as metas estabelecidas na Estratégia Turismo 2027.
Esta estratégia pretende assegurar que, até 2027, mais de 90% das empresas do turismo adotem medidas de eficiência energética e hídrica e desenvolvam ações de gestão ambiental dos resíduos. O panorama ainda está longe de ser o esperado, mas já foram lançadas algumas boas notícias.
Em 2022, 68% dos Empreendimentos Turísticos (ET) em Portugal adotaram medidas de utilização eficiente da água, sobretudo ao nível da mudança de lençóis a pedido do hóspede (95,5%) e no uso de autoclismos com cargas diferenciadas (82,8%). Na ponta oposta está ainda a percentagem baixa de alojamentos que utiliza a água das chuvas, por exemplo, para rega ou lavagens (37,4%) ou que instalou temporizadores nas torneiras (36,7%).
Ainda no tema da água, concluiu-se que a eficiência hídrica dos alojamentos é tanto maior quanto maior é o número de estrelas e chega a 76% nos empreendimentos com 5 estrelas.
Além da água, foi também avaliada a eficiência energética. Do total de 1.353 unidades que submeteram resposta, 66% declararam ter boas práticas de uso de energia, como lâmpadas economizadoras (97,5%) e climatização regulável pelo cliente (92,3%). No entanto, e ainda no mesmo setor, apenas 28,8% têm pontos de carregamento de veículos elétricos e 19,3% instalaram painéis solares para produção de energia.
Alojamentos com menos plásticos mas ainda poucas certificações
No que respeita a plásticos descartáveis, 63% dos empreendimentos turísticos já não disponibilizam este tipo de material de uso único em 2022, sobretudo proteções de plástico para lençóis e para toalhas lavadas, bases para copos e fitas de proteção sanitárias. As embalagens individuais de manteiga e geleia são as mais difíceis de eliminar com apenas 19% dos empreendimentos a conseguirem fazê-lo.
Sobre a gestão dos resíduos, 94,2% fazem reciclagem, mas apenas 33,7% disponibilizam essa hipótese aos hóspedes.
Em relação às certificações, 11% dos ET referiram estar certificados com algum tipo de norma, sobretudo de gestão de qualidade, a nível internacional, e de acessibilidade, a nível nacional. Destes, 40% estão certificados sob normas internacionais
As regiões autónomas da Madeira e dos Açores registaram os melhores resultados em três áreas: eficiência energética, gestão de resíduos e selos e distinções.
Os resultados são frutos do inquéritos efetuado aos Empreendimentos Turísticos entre julho e outubro de 2022. Foram contactadas 2.184 unidades de todo o território nacional e submetidas 1.353 respostas, o que equivale a uma taxa de resposta de 62%.
Marta Cerqueira é minhota e vegetariana. A sorte é que vive em Lisboa, onde há mais tofu do que sarrabulho. É jornalista há mais de 15 anos, os últimos dos quais a escrever sobre comida e sustentabilidade. Agora, já fora das redações, continua a escrever sempre que pode, seja em revistas, diários, post its, ou na sua página de Instagram, que usa para partilhar uma vida que se divide entre ser mãe-pessoa-foodie-viajante. Ainda assim, criou a Peggada para poder escrever sobre o que não cabe numa revista, num diário, num post it ou no Instagram: um mundo melhor.
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