Receita de grão marroquino, da nutricionista Rita Teixeira
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É preciso procurar alternativas ao consumo de proteína animal. Este projeto está a desenvolver a próxima geração de alimentos proteicos.
O mercado de proteínas vegetais está a crescer. Não só temos cada vez mais pessoas a optar por uma alimentação sem carne e peixe, como essas alternativas são uma urgência, uma vez que alimentar o planeta da forma como tem acontecido até agora já se provou ser insustentável.
Com foco na produção de novas alternativas alimentares, nasceu a Smart Protein. Este é um projeto de pesquisa e inovação financiado pela União Europeia, que procura repensar o sistema alimentar e desenvolver a próxima geração de alimentos proteicos económicos, sustentáveis, nutritivos e eficientes em termos de recursos.
Durante 4 anos, o seu grande objetivo é responder às necessidades de proteína de 9 mil milhões de pessoas de forma saudável, acessível e boa para o ambiente, reduzindo o desperdício através de subprodutos da indústria.
As fontes alternativas serão o centro do projeto e incluem produtos inovadores de plantas (lentilhas, grão de bico, favas e quinoa – culturas que podem ser plantadas na Europa), novos ingredientes proteicos (fermento, levedura e fungos) e fluxos secundários de produção de massas, cerveja e pão, que vão dar origem a novas formas de carne, peixe, marisco, laticínios e produtos de panificação.
Além disso, a nova cadeia de suprimentos de proteínas precisa de proporcionar empregos com menos dependência dos países importadores, ser segura, transparente, aberta a uma gama ampla de tecnologias, culturas, abordagens e modelos de negócios, e adaptada e preparada para o futuro. Na sua lista de objetivos, o projeto também se propõe a construir um sistema
agrícola que, em vez de produzir, capture CO 2 .
Uma pesquisa da Smart Protein revelou que a venda de alimentos e bebidas à base de plantas foi alvo de um aumento de 49% entre 2018 e 2020. Este ritmo de procura deve ser acompanhado não só por um aumento de alternativas, mas por uma melhoria dos seus ingredientes e preços. Por exemplo, no caso do peixe, os consumidores consideram os produtos alternativos demasiado processados, aditivos e pouco acessíveis.
O projeto Smart Protein juntou-se a mais de 30 parceiros externos que incluem universidades, instituições de pesquisa, organizações não governamentais e empresas da indústria alimentar e de bebidas (como a portuguesa Soguima), para apoiar o crescimento deste mercado e da confiança e aceitação dos consumidores.
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