Já chega de ver máscaras espalhadas por aí. Este projeto quer dar-lhes nova vida.
A pandemia trouxe muita coisa má, e uma delas foi mesmo a quantidade de descartáveis. Se falarmos de máscaras, claro que são essenciais, mas quantas acabam abandonadas na rua, nas praias, em todo o lado menos no lixo certo? A pensar nisso, começou a ser feita uma recolha para que essas máscaras sejam valorizadas.
A recolha é feita pela TO-BE-GREEN e pelo Centro para a Valorização de Resíduos da Universidade do Minho, que se juntaram também à Givaware, com o objetivo de desenvolver o projeto “Recolher e Valorizar”.
A recolha já se iniciou em várias localidades no norte do país, sobretudo em âmbito escolar, mas também empresarial. O projeto inicia o seu curso na recolha das máscaras, que passam por uma quarentena de modo a garantir
a segurança de todos os colaboradores que terão de entrar em contacto com elas. Posteriormente, passam por uma triagem e separação consoante os materiais que as compõem. A recolha é feita em separado para máscaras descartáveis, que serão transformadas em placas poliméricas e utilizadas em produtos de design. Algumas já foram transformadas em cruzetas e decorações de natal. Para as máscaras sociais de onde se obterá uma valorização energética ao serem transformadas em briquetes.
Mas estas transformações não acabam aqui. Este é apenas um ponto de partida, até porque os alunos da Universidade do Minho continuam a investigar outros usos para estes resíduos. Segundo a revista “Gerador”, estima-se que já tenham sido recolhidos 15 a 20Kg de máscaras em projetos-piloto. Embora pareça um número relativamente baixo, deve ter-se em conta que as sociais têm um peso de aproximadamente 15g, porém as descartáveis pesam cerca de 3,4g, e são estas que constituem a maior parte das máscaras recolhidas (99%).
Qualquer escola ou empresa pode participar nesta recolha, bastando entrar em contacto com a TO-BE-GREEN, através da Câmara Municipal da área de residência.