Gal. No café dos croissants vegan também se combate o desperdício
Abriu nos Anjos, em Lisboa, um café vegan, de café de especialidade e que todos os dias luta contra o desperdício alimentar. Bem-vindos ao Gal.
Abriu como Botanista, em 2018, apresentando a Lisboa as opções vegan que Lisboa nunca tinha visto. As transformações já foram muitas ao longo dos anos, mas a essência está lá: nunca parar de surpreender e nunca falhar quando o assunto é doçaria.
Linhas de comboio, metro, bicicletas e trotinetes, muitos turistas e um Cais do Sodré sempre vibrante. Mas assim que pomos o pé para lá do neón branco que anuncia “Orteá”, é hora de parar. Ali não há pressa nem respirares contaminados pelo que é viver numa grande cidade. As plantas, todas naturais e cuidadas diariamente sem químicos, dão aquela leveza ao espaço, que nos faz ter vontade de camuflar e fazer parte.
O agora Orteá já foi muita coisa. Nasceu em 2018 enquanto Botanista, um restaurante vegan, que apresentava uma carta que até ali pouco se via por cá. Pratos sofisticados, ingredientes originais e misturas de sabor inusitadas. Ah, e uma montra de sobremesas que nos fazia duvidar como poderiam aquelas obras de arte serem feitas sem ovos, leite e ainda sem glúten.
“A pastelaria sempre foi a minha paixão”, conta à Peggada Catarina Gonçalves, a cabeça (e o corpo) por detrás desta máquina.
Ainda hoje, não vai a um restaurante sem provar várias sobremesas, num misto de gulodice com a necessidade de inspiração. Na montra do Orteá há sempre bolos, daqueles altos e cheios de cor, e com sabores que vão desde os frutos vermelhos, os frutos secos, e as suas versões de snickers e cookie dough. Mas é na carta que moram os clássicos, aqueles que por muita mudança que o espaço já tenha sofrido, se mantém desde o primeiro dia. É o caso da frigideira. Jornalista não deve dar opinião, mas a desta que vos escreve é de que não há sobremesa como esta.
A base é sempre a mesma, mas os topping mudam com a estação como, aliás, tudo o que é servido aqui. Apanhamos o fim da carta de inverno e, por isso, ao crumble, ao caramelo e ao gelado de baunilha caseiro, junta-se uma compota de framboesa e ruibarbo. Para quem for a partir de dia 15 de junho — dia de lançamento da nova carta — conta com um doce de ananás e miso.
Mudar a carta (que podes consultar aqui) consoante a estação faz parte da preocupação em servir aquilo que é da época. Mas há outras. A cada carta vão retirando mais processados e, atualmente, à exceção do tofu e do tempeh que servem pontualmente, tudo é feito na cozinha do Orteá, transformada quase num laboratório.
Numa sala escura estão os frascos de kombucha, que servem à pressão ou engarrafada, e no frigorífico estão expostos os vários queijos vegan que servem numa tábua para partilhar.
O pão é também feito na cozinha do restaurante e, a partir de junho, vão retirar os únicos dois pratos com glúten que tinham no menu, para se apresentarem como um espaço que prefere outras farinhas à de trigo. “Sempre tivemos uma massa fresca mas, a partir de junho, esse prato será substituído por uns gnochis de batata doce”, conta Catarina.
Já a pastelaria continua sem glúten, como desde o primeiro dia, com Catarina a recordar todas as tentativas falhadas até encontrar a mistura de farinhas perfeita, e que se mantém até hoje a mesma.
Começamos a reportagem pelo fim, mas não podemos terminar sem falar do início.
No Orteá pode optar por tostas ou pratos principais, com opções quentes e outras cruas. Há ainda bowls e panquecas e tábuas de queijo vegan.
A Peggada aventurou-se num original canolli recheado de mousse de cogumelos e maionese de lima e numas gyosas de cogumelos e couve chinesa.
Ainda não tínhamos saído das entradas e a viagem já tinha ido de Itália ao Japão. Nos pratos principais, mantivemos a originalidade dos sabores que aqui não têm fronteiras: o Talismã, feito com tempeh em especiarias asiáticas, puré de batata doce com wasabi, puré de grão e miso e pérolas de tapioca em teriaki; e ainda o Geographia, uma pão servido com húmus de tomate, cogumelos, curgete, sálvia, pó de azeitona e gel de toranja e zimbro. É de deixar as papilas gustativas aos saltos de felicidade e surpresa a cada garfada.
Ao fim de semana há brunch. Das 11h ás 15h é servida uma tábua recheada com panquecas, várias opções de topping, iogurte, fruta, crudites e bebidas quentes e frias.
Um dos mais recentes passos dados na sustentabilidade na forma de servir está precisamente numa das opções que compõe o brunch: as cascas das frutas usadas no bar para sumos e cocktails são fermentadas para fazer bebidas fermentadas servidas neste menu especial de sábado e domingo.
“Quando abrimos éramos únicos em muita coisa. O desafio agora é nunca parar de criar. E acho que temos conseguido”. As mesas cheias e lugar no top 10 do Happy Cow — aplicação para procura de restaurantes vegan — dizem que sim.
A Zomato e a Peggada uniram-se no lançamento de uma nova Coleção Eco e Sustentável.
A Zomato é a app de descoberta de restaurantes mais utilizada em Portugal. O conteúdo atualizado inclui os menus dos restaurantes, fotos, moradas e outras informações, os utilizadores podem ainda avaliar e dar opinião sobre os restaurantes. É a app mais completa para quem procura opções para comer fora, serviço de take-away, reservas, soluções contactless para a restauração, e lançou recentemente o serviço de Delivery – nova app Zomato.
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Este artigo promove uma ação que incentiva à diminuição de geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reutilização.
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