A instalação fica junto ao Centro Comercial Vasco da Gama, no Parque das Nações, em Lisboa.
Tem até amanhã, dia 2 de julho, para ver a “Giant Plastic Tap”, uma instalação de grandes dimensões composta por aproximadamente 200 kg de garrafas de plástico PET que dão corpo ao caudal de uma torneira gigante. Mas estas garrafas, cedidas pela Novo Verde, têm o objetivo de ser mais do que uma obra de arte.
A escultura, da autoria de Benjamin Von Wong, foi criada no âmbito da Conferência dos Oceanos, que está a decorrer até dia 1 de julho em Lisboa, em conjunto com a Novo Verde e a Cultura Inquieta.
Situada junto ao Centro Comercial Vasco da Gama, no Parque das Nações, foi criada para ser mais do que uma obra de arte.
Não é novidade que o plástico é um material que demora centenas de anos a desaparecer e que, durante esse processo, se decompõe em pedaços menores que muitas vezes acabam no oceano. Estima-se que até 2050, se não alterarmos o rumo para o qual estamos a caminhar, o número de plásticos no oceano irá superar o número de peixes. Não é difícil compreender as inúmeras consequências deste comportamento e a necessidade de solucionar este problema com urgência, certo?
É este o objetivo desta instalação – falar sobre a raiz do problema, incentivando governos, corporações e indivíduos a contribuir para o “fecho da torneira de plásticos”. Tendo já percorrido o mundo, esta icónica obra de arte faz parte da #UNEA5.2, onde 1500 delegados e 193 países diferentes assinaram a Resolução Global de Plásticos.
Benjamin Von Wong, artista e ativista que idealizou a instalação, é o próprio responsável pela criação do movimento #TurnOffThePlasticTap que tem dado a volta ao mundo. Este movimento apela à importância da utilização consciente do plástico e, principalmente, para o seu correto encaminhamento para o ecoponto amarelo, para que este seja reciclado e não acabe no fundo dos oceanos.
Pedro Simões, Diretor Geral da Novo Verde — sociedade gestora de resíduos, responsável pela recolha, valorização e/ou reciclagem de embalagens e resíduos das mesmas — assinala, em comunicado, que “é uma honra colaborar neste projeto artístico, em que as visões de sensibilização e reciclagem se encontram alinhadas, numa mensagem que versa sobre o desenvolvimento sustentável e a importância de proteger o mar.”
Pedro Simões reforça igualmente a noção de que “A realização da Conferência dos Oceanos é um importante palco para esta mensagem e acreditamos que centenas de pessoas poderão ser impactadas com a importante mensagem de que um consumo responsável aliado com a reciclagem é possível construir um caminho para a valorização do plástico. A sensibilização para corretos hábitos de consumo, utilização e separação dos plásticos, quando estes chegam ao seu fim de vida, desempenham um papel fundamental na sua gestão de uma forma sustentável.”
A arte pode ter o dom de nos deixar desconfortáveis e é esse o objetivo desta peça que fica exposta até dia 2 de julho para despertar consciências.