
Blissfest. Vem aí o festival que junta yoga, permacultura e banhos gelados
O Blissfest regressa para dois dias cheios de atividades que prometem fazer-nos mexer o corpo e relaxar a mente. Nos dias 28 e 29 de
Cinco associações ambientais europeias avaliaram o comportamento de voto dos partidos políticos nacionais e grupos parlamentares europeus em temas ambientais, concluindo que os deputados de esquerda são aqueles que mais defendem o ambiente no Parlamento Europeu.
Nos últimos cinco anos, o Parlamento Europeu tem tido o poder e a oportunidade de conduzir a União Europeia (UE) para uma transição socialmente justa e positiva para o clima e a natureza.
No entanto, um novo relatório revela que apenas uma minoria de eurodeputados — aqueles pertencentes ao grupo parlamentar da Esquerda — agiu para proteger o clima, a natureza e a qualidade do ar da Europa durante o mandato de 2019-2024. A conclusão é do Barómetro do Parlamento Europeu, elaborado por cinco das maiores organizações ambientalistas europeias que analisaram o desempenho dos diferentes partidos com presença no Parlamento Europeu em matérias ambientais.
A BirdLife Europe, a Climate Action Network Europe, o European Environmental Bureau, a Transport & Environment e o Gabinete de Política Europeia da WWF analisaram o voto individual de cada eurodeputado em legislação relativa ao clima, natureza e poluição, e classificaram-no com base em três categorias: pensador pré-histórico, que falhou em responder ao desafio das diferentes crises enfrentadas pela Europa; procrastinador, que atrasou a ação necessária com votações irregulares e inconsistentes; e protetor, que tomou uma posição a favor da ação urgente sobre a natureza, a poluição e o clima que os europeus esperam.
“A natureza está a entrar em colapso e, se permitirmos que entre em colapso, afundar-nos-emos com ela. A Europa provou que pode trazer de volta espécies à beira da extinção, limpar rios e proteger habitats preciosos. As sondagens de opinião mostram consistentemente que os europeus se preocupam com a natureza e querem vê-la restaurada, a par da luta contra a crise climática, mas se isso acontece ou não depende das pessoas que escolhem para as representar no Parlamento Europeu”, afirma Ariel Brunner, diretor da BirdLife Europe.
A análise foi feita em relação às recomendações de voto das cinco organizações sobre 30 dossiers políticos de grande relevância para o ambiente, divididos em transição climaticamente neutra e socialmente justa, positividade para a natureza e poluição zero e economia circular.
Com esta avaliação, é possível conhecer o compromisso com a sustentabilidade ambiental de cada deputado e do grupo político em que se enquadra. Para cada dossier político, os deputados e partidos receberam uma pontuação entre 0 (nenhum alinhamento) e 100 (alinhamento total), com base numa comparação do seu registo de voto com as posições e recomendações de voto das organizações editoriais, diz o relatório.
Ao nível da UE, os grupos classificados como protetores correspondem aos Verdes | Aliança Livre Europeia (92 pontos), à Esquerda (84 pontos) e à Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (70 pontos). Dos “pré-históricos” fazem parte o Partido Popular Europeu (25 pontos), os Conservadores e Reformistas Europeus (10/100) e o Identidade e Democracia (6 pontos). Já o grupo parlamentar Renovar a Europa foi classificado como procrastinador, com 56 pontos.
No caso dos eurodeputados portugueses, os dados indicam que os partidos que podem ser classificados como protetores são o Bloco de Esquerda – BE (91 pontos) e o Partido Socialista – PS (79 pontos). Entre os procrastinadores temos o Partido Comunista Português – PCP (67 pontos), enquanto o Partido Social Democrata – PSD (27 pontos) e Centro Democrático Social-Partido Popular – CDS-PP (20 pontos) são classificados como pensadores pré-históricos.
O deputado Francisco Guerreiro, eleito pelo PAN mas que entretanto se tornou independente, é o único representante português no Grupo dos Verdes e o eurodeputado português que mais se destaca na defesa das políticas ambientais, com um resultado global de 99 pontos. Porém, os coordenadores da iniciativa decidiram apresentar informação apenas sobre partidos e não sobre deputados independentes, por isso, a sua votação foi apenas considerada para o resultado do grupo europeu e não para a análise nacional.
“Uma análise breve indica que, de entre os partidos portugueses que entram na categoria de protetores, o BE e o PS ficaram acima da média do seu grupo político na UE. O PCP surge abaixo da média do seu grupo político, obtendo apenas a classificação de procrastinador e destoando assim do seu grupo, que na média europeia se classifica como protetor. Entre os pensadores pré-históricos, o PSD está dentro da média do seu grupo (ligeiramente acima) e o CDS-PP está abaixo”, lê-se no site da ZERO, que disponibilizou o Barómetro em português.
“É importante notar que existe diversidade e nuances nos grupos políticos da UE e nos partidos nacionais — com exceção da extrema-direita. Por conseguinte, é possível encontrar defensores do clima em todo o espetro político. Para além das elevadas pontuações dos partidos e grupos progressistas, no seio das famílias políticas liberais e conservadoras, as pontuações variam, com alguns registos muito mais fortes e outros mais decepcionantes”, lê-se no relatório.
“Chegou o momento de os cidadãos europeus acordarem para a possibilidade real de um Parlamento Europeu repleto de pensadores pré-históricos — para saírem à rua e votarem em partidos que possam fornecer os protetores do clima de que tanto precisamos para melhorar e reforçar o Pacto Ecológico Europeu”, alerta Chiara Martinelli, diretora da Climate Action Network Europe.
William Todts, diretor executivo da Transport & Environment, também reforça o papel da UE enquanto “força do bem no que diz respeito à ação climática. Desde os automóveis limpos aos impostos sobre o carbono para aviões e navios, a UE fez o que os governos nacionais não puderam ou não quiseram fazer. Em muitos países europeus, a proteção do ambiente seria muito reduzida sem a UE (…). As eleições de junho vão determinar quem vai mandar na Europa até 2029. Não podemos dar o progresso por garantido”.
O Barómetro do Parlamento Europeu está disponível em português nos sites da SPEA e da ZERO, duas das organizações portuguesas envolvidas nesta campanha. Os resultados podem ser consultados por grupo político da UE, partido político em cada país e dossier legislativo.
O Blissfest regressa para dois dias cheios de atividades que prometem fazer-nos mexer o corpo e relaxar a mente. Nos dias 28 e 29 de
O irmão mais novo do já conhecido Gambuzino serve aqueles que muito consideram ser os melhores hambúrgueres vegan da cidade. Além disso, produzem quase tudo
Os alunos da Lisbon School of Design vão transformar peças doadas pelos funcionários do Banco Credibom em novas criações originais. Pode uma peça de roupa
Este artigo aborda uma ação que promove a mudança para cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, ajudando na redução do impacto ambiental adverso das cidades.
Esta publicação também está disponível em:
English (Inglês)