Plant a Coral. Sabias que podes adotar um coral e apoiar a sua investigação?
Criado pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, o projeto Plant a Coral visa resgatar os espécimes capturados acidentalmente em redes de
O santuário permitirá conservar a população residente de mais de 200 cachalotes ao largo da ilha caribenha Dominica e sequestrar carbono no fundo do oceano.
A Dominica, Estado-ilha das Caraíbas, vai criar a primeira área marinha protegida do mundo para os cachalotes ao largo da ilha. Trata-se de um dos poucos países onde há uma população residente, com mais de 200 cachalotes.
A reserva terá cerca de 800 quilómetros quadrados no lado oeste do país, que servem como locais importantes de amamentação e alimentação para o cachalote.
“Estas duas centenas de cachalotes que chamam casa ao nosso mar são cidadãos estimados da Dominica. Os seus antepassados provavelmente habitavam a zona antes de os humanos cá terem chegado (…) Queremos garantir que estes animais majestosos e altamente inteligentes estejam livres de perigo e continuem a manter as nossas águas e o nosso clima saudáveis”, disse o primeiro-ministro da Dominica, Roosevelt Skerrit, em comunicado.
Segundo os cientistas, o santuário ajudará não só a proteger a espécie, atualmente em risco de extinção, mas também a combater as alterações climáticas, através do sequestro de carbono no fundo do oceano. A reserva permitirá sequestrar o equivalente à retirada de 5000 carros das estradas anualmente
Os cachalotes conseguem mergulhar até vários metros de profundidade, mas defecam perto da superfície, quando regressam para respirar, criando zonas ricas em plâncton. Estes organismos capturam dióxido de carbono na atmosfera e arrastam-no para o fundo do oceano quando morrem.
Shane Gero, fundador do Projeto Dominica Sperm Whale, um programa de pesquisa focado em cachalotes no leste das Caraíbas, salientou a importância de proteger esta espécie, que só produz crias a cada cinco ou sete anos e da qual só restam 800 mil indivíduos.
Os cachalotes têm sido caçados pelo seu óleo (usado para iluminação doméstica e pública e lubrificação de máquinas), atingidos por navios, presos em redes de pesca e afetados por resíduos agrícolas, o que fez com que o número de baleias nas famílias de cachalotes tenha vindo a diminuir regularmente, limitando a sua sobrevivência.
De acordo com o governo da Dominica, a pesca comercial será proibida na área marinha protegida, mas a pesca artesanal será permitida, desde que seja sustentável e não coloque estas baleias em perigo. Os grandes navios serão obrigados a utilizar corredores oceânicos, designados para reduzir o barulho e o risco de colisões e diminuir a probabilidade de ficarem presos durante a pesca.
O governo vai ainda nomear um responsável e observadores para garantir que a área e os regulamentos do turismo sejam respeitados (os turistas poderão nadar com cachalotes e observá-los a partir de um barco, mas em número limitado).
“Proteger estas baleias dá-nos uma solução climática incrível e eficiente em termos de custos, que tem sido esquecida pelos decisores políticos”, disse Enric Sala, explorador da National Geographic Society, que lançou o programa Mares Pristinos e tem aconselhado o Governo da Dominica neste projeto, citado no comunicado.
De acordo com o estudo de 2019 “Uma Solução da Natureza para as Alterações Climática”, a recuperação da população de baleias nos oceanos para os níveis pré-caça intensiva, juntamente com o aumento do plâncton, ajudaria a capturar quatro vezes mais dióxido de carbono do que a floresta da Amazónia.
Os cachalotes conseguem acumular grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) no seu corpo ao longo da vida – cada um sequestra, em média, 33 toneladas de CO2, mesmo após a sua morte, quando o seu corpo se afunda no mar.
Criado pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, o projeto Plant a Coral visa resgatar os espécimes capturados acidentalmente em redes de
Os objetos foram recolhidos em Sesimbra durante a maior limpeza subaquática do mundo e têm um custo simbólico, que corresponde ao tempo que levariam a
O acordo permitirá estabelecer áreas marinhas protegidas em águas internacionais, mas só entrará em vigor quando 60 países o assinarem e ratificarem. O debate sobre
Este artigo aborda uma ação que promove a conservação e o uso de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Este ODS visa prevenir e diminuir a poluição marinha de todos os tipos, em particular de atividades terrestres.
Esta publicação também está disponível em: English (Inglês)
Para estar a par de tudo o que acontece na área da sustentabilidade, consumo responsável e impacto social.