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Já sabemos que consumir menos carne é melhor para o planeta. Agora, um novo estudo veio calcular o seu impacto ambiental pela primeira vez.
Comer menos carne equivale a tirar 8 milhões de carros da estrada, segundo uma nova investigação da Universidade de Oxford, Inglaterra. Este é o primeiro estudo a identificar o impacto das dietas com alto e baixo teor de carne nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE), fornecendo o cálculo da pegada ambiental mais fiável até à data, segundo os investigadores.
Os efeitos das dietas foram analisados de forma pormenorizada, tendo em conta a utilização dos terrenos, a utilização e poluição da água e a perda de espécies (provocada geralmente pela perda de habitat devido à expansão da agricultura).
Ao todo foram entrevistadas 55 mil pessoas — através do projeto Livestock Environment and People (LEAP) — divididas em grandes consumidores de carne (quem consome mais de 100 g de carne por dia, o equivalente a um hambúrguer grande), pequenos consumidores de carne (50 g ou menos, o equivalente a duas salsichas frescas), consumidores de peixe, vegetarianos e vegan.
O estudo publicado na revista Nature Food mostra que a dieta de um grande consumidor de carne produz, em média, 10,24 kg de GEE (gases com efeito de estufa) por dia. Os pequenos consumidores produzem quase metade desse valor, com 5,37 kg por dia. Já na dieta vegan, este valor é novamente reduzido para metade, para 2,47 kg por dia.
Ao seguir uma dieta vegan, o uso dos solos desce 74% (4,37 m² vs 16,78 m²) e o uso de água desce 54% (410 litros vs 890 litros), em comparação com um grande consumidor de carne.
“O que torna esta avaliação diferente é o facto de se basear nas dietas de pessoas reais e nos vários métodos de produção que temos atualmente. Os investigadores avaliaram, a um nível muito mais granular do que anteriormente, a pegada ambiental do que as pessoas comem”, explica, em declarações à BBC a Professora Susan Jebb, diretora da Food Standards Agency e cientista de nutrição da Universidade de Oxford.
A indústria da carne declarou que a análise exagerava o impacto do consumo de carne, descrevendo as avaliações como incompletas ao desconsiderarem o carbono absorvido pelas pastagens, árvores e cercas vivas nas explorações agrícolas. Em resposta, o Professor Peter Scarborough, que liderou a investigação, afirmou que vários estudos, incluindo este, concluíram que a absorção de dióxido de carbono pelas pastagens tem apenas um “impacto modesto”.
Scarborough salienta que a carne não precisa de desaparecer completamente da dieta, mas que se as pessoas reduzirem a quantidade de carne que comem, isso faria uma grande diferença.
De acordo com outro estudo publicado na Nature Food em 2021, a produção alimentar é responsável por um terço de todas as emissões globais de GEE. Uma revisão independente do Departamento de Alimentos e Assuntos Rurais do Meio Ambiente pediu uma redução de 30% no consumo de carne até 2032, de modo a atingir a neutralidade carbónica no Reino Unido.
No entanto, segundo a Professora Susan Jebb, pouco se tem feito para atingir este objetivo. Além da sensibilização necessária, Jebb defende que o governo também deve prestar apoio aos agricultores durante a transição, protegendo os seus meios de subsistência.
“Atingir a neutralidade carbónica é uma prioridade para este governo e, embora as escolhas alimentares possam ter um impacto nas emissões de GEE, uma pecuária bem gerida também proporciona benefícios ambientais, como o apoio à biodiversidade, a proteção do carácter do campo e a geração de rendimentos importantes para as comunidades rurais”, refere.
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