Projeto de criação de floresta arranca este verão no ISEG e pretende mobilizar a comunidade universitária e os residentes do bairro na construção do novo polo de sustentabilidade da cidade.
É em setembro que o campus do ISEG — Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa vai dar palco a um novo projeto sustentável: a criação de uma minifloresta.
O espaço escolhido, junto à Biblioteca Francisco Pereira de Moura, vai começar a sofrer alterações já este verão. O mesmo será coberto, numa tentativa de eliminar algumas ervas, sem danificar completamente o terreno.
Durante os próximos meses de outono e inverno serão realizadas inúmeras atividades, entre as quais oficinas eco sociais, que têm como objetivo aproximar a comunidade estudantil e dar a conhecer conhecimentos básicos para a manutenção deste novo projeto.
O método de manutenção escolhido, o tiny forest, segue as pisadas do botânico japonês Akira Miyawaki. O processo passa pela plantação densa de espécies nativas em pequenos espaços, fomentando o seu rápido crescimento.
A iniciativa, que conta com o apoio e financiamento do ISEG Sustainability, pretende diminuir os danos das alterações climáticas, bem como melhorar a qualidade da água e do ar.
Oriana Rainho Brás, responsável pelo projeto de investigação TERRARE, que motivou esta iniciativa, diz, em comunicado, que “é necessário regenerar, reconstruir os nossos habitats para uma vida melhor para todos os seres.”.
A investigadora defende a necessidade de plantar árvores e de regenerar terrenos anteriormente danificados. Destaca também o facto de as questões ecológicas não serem meramente um ato isolado, salientando a urgência de perceber a intervenção de dimensões econômicas e sociais em questões de sustentabilidade.
Oriana conclui: “A universidade tem o potencial enorme de juntar pessoas, criar ideias e sinergias, compreender mundos, e reservar tempo para refletir sobre a ação, e é por isso que criar uma minifloresta no e pelo ISEG enquanto refletimos sobre todo o processo, nos parece uma ideia que vale a pena plantar.”