Dia Mundial da Árvore. 8 programas de apoio à reflorestação
22/03/2023
O Dia Internacional das Árvores e das Florestas, que se celebra a 21 de março, foi implementado pelas Nações Unidas para assinalar a importância dos
Apadrinhar uma oliveira é um projeto de Abrantes que ajuda a combater as alterações climáticas e os incêndios, proteger a biodiversidade e criar emprego na região.
Em Portugal, estima-se que existam mais de 200 mil hectares de terrenos agrícolas abandonados, com árvores e culturas a morrer por falta de cuidados.
Apadrinhaumaoliveira.org é um projeto português que nasceu com o objetivo de recuperar dez mil oliveiras centenárias e milenares abandonadas em Abrantes, ajudando a revitalizar a região e a proteger o seu património natural e cultural.
Por trás do projeto está a Apadrinhaumaoliveira.org, uma associação sem fins lucrativos de Abrantes que quer mudar a realidade rural, trabalhando contra a substituição geracional e os incêndios a que a região está sujeita através da recuperação e manutenção de oliveiras abandonadas.
Com uma contribuição anual de 60 euros, cada pessoa pode escolher a sua oliveira abandonada, batizá-la e visitá-la sempre que quiser. Além disso, os padrinhos e madrinhas são atualizados sobre o estado de recuperação e evolução da sua oliveira por email. Como agradecimento, recebem ainda dois litros de azeite virgem extra por ano, produzidos a partir das oliveiras recuperadas.
Nas visitas, a associação apresenta a respetiva oliveira e explica a origem e os segredos do processo de produção do azeite que os padrinhos recebem em casa.
Graças aos donativos, os olivais são limpos, os muros de pedra seca são restaurados e o solo é enriquecido, preparando a terra para receber nutrientes. A associação tem acordos com os donos das propriedades, evitando assim o abandono das terras.
Além de promoverem a biodiversidade, as oliveiras centenárias também têm um papel importante na absorção e fixação de dióxido de carbono (CO2): enquanto uma árvore recém plantada só começa a captar significativamente CO2 depois de 10-15 anos, a recuperação de árvores tem um efeito imediato.
Atualmente, os resultados da associação traduzem-se em:
- cerca de 80 padrinhos;
- três postos de trabalho a tempo inteiro criados (foi feita uma reconversão profissional de ex-funcionários da central termoelétrica do Pego, que agora ajudam a cuidar e recuperar as oliveiras);
- 950 quilos de azeitonas apanhados, que resultarão no primeiro azeite a ser oferecido aos padrinhos;
- Novos projetos, nomeadamente a conclusão da criação da rota das Mouriscas, que vai permitir visitar e conhecer oliveiras centenárias e milenares.
Em comunicado, João Rijo, diretor da Apadrinhaumaoliveira.org, diz que, caso cheguem às 300 oliveiras apadrinhadas até ao Natal, a associação consegue criar mais um posto de trabalho local e tornar o projeto viável.
O projeto tem origem no espanhol Apadrinaunolivo.org, que existe há nove anos e já recuperou 16 mil oliveiras.
Podia ter entrado em Meteorologia e Oceanografia, mas acabou por estudar Comunicação. E ainda bem, porque se não acertam nas previsões, não era ela que iria mudar isso. Começou por procurar ideias e projetos sustentáveis para a universidade e desde aí, nunca mais parou (quem é que para realmente?). Adora ver séries, mas vê poucas porque é uma pessoa difícil. Já para abraçar novos hábitos e desafios mais “verdes”, não precisa de muito para a convencer.
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