A plataforma SeaTheFuture aproxima cidadãos, empresas e entidades a projetos de conservação de todo o mundo, garantindo que todos os fundos são rastreados da origem até ao seu destino final.
A preservação dos oceanos é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com menor financiamento à escala global. Para inverter este cenário, foi criada a SeaTheFuture, uma plataforma online portuguesa que ajuda a acelerar a conservação e a restauração do Oceano de forma global e sustentada, permitindo apoiar projetos de conservação dos oceanos em todo o mundo.
Trata-se de uma spin-off do Oceanário de Lisboa e é a primeira solução global de “crowdsaving” para a preservação do Oceano. Ao ligar várias iniciativas à sociedade civil, entidades e empresas, a plataforma aproxima as pessoas dos oceanos e gera mobilização, ao mesmo tempo que traz mais eficácia, rastreabilidade e simplicidade aos doadores.
A SeaTheFuture recorre a streaming multimédia, uma narrativa inovadora e uma experiência baseada em estudos científicos para promover a transparência no processo de doação.
“A ambição do projeto é ser o maior movimento e fonte de financiamento de conservação do Oceano de particulares e iniciativa privada, ligando dois extremos até agora desconectados: os entusiastas do Oceano, e aqueles que no terreno tudo fazem pelas espécies e ecossistemas ameaçados, muitas vezes sob condições extremas e enfrentando enormes desafios, incluindo financeiros. Ao alavancar a tecnologia, a colaboração, a transparência e a partilha de conhecimento, acreditamos que este movimento pode inspirar ações em cadeia, fomentar a inovação e impulsionar resultados tangíveis na conservação do Oceano”, declara Assunção Loureiro, Managing Director da SeaTheFuture, em comunicado.
Durante o último ano, a plataforma foi operacionalizada por uma equipa de 8 especialistas em conservação e biologia, marketing, produção de conteúdos multimédia, criação de produto e engenheiros.
A fase piloto já permitiu a integração de oito projetos espalhados por África, Ásia e América, que já podem ser apoiados através da plataforma. Os projetos envolvem a conservação de tartarugas marinhas, golfinhos-corcunda, petréis, mangais, tubarões-baleia, raias e focas-monge.
Os projetos integrados na plataforma são alvo de um exigente processo de seleção recentemente certificado, de forma a cumprir os objetivos de rigor, transparência e eficiência. A conceção do processo contou com a participação de um membro da Species Survival Commission da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e é composto por oito critérios, incluindo a capacitação das comunidades locais, a melhoria das políticas e a eficiência operacional.
Em estreita colaboração com os projetos que apoia, a SeaTheFuture monitoriza e comunica a evolução das diferentes campanhas em curso, permitindo acompanhar os resultados de todos os esforços de conservação.
Preenchendo uma lacuna na área da conservação, habitualmente formada por ONGs, Fundações e Academia, a SeaTheFuture assume-se como empresa com fins lucrativos.
Além da viabilização financeira, a plataforma vem também colmatar algumas necessidades não financeiras dos projetos de conservação, uma vez que, ao produzir e divulgar conteúdos sobre os projetos, aumenta a visibilidade dos projetos e poupa tempo e esforço às equipas.
O modelo de negócio baseia-se em duas formas de angariação de fundos: os donativos diretos (85% do montante é diretamente transferido para o projeto de conservação escolhido) e o Vestuário Ecológico, que cumpre uma rigorosa avaliação do seu ciclo de vida através de oito critérios, incluindo a certificação, a escala reduzida e o comércio justo (cerca de 10% do PVP dos produtos sustentáveis é enviado diretamente para os projetos de conservação escolhidos).
“Acreditamos que este modelo único funciona e que a conservação pode gerar recursos e autossustentar-se, em vez de apenas os consumir, como se de uma economia linear se tratasse. Como proposta global que somos, após Portugal, a aposta será em mercados europeus onde há maior predisposição e maturidade em matéria de sustentabilidade, onde há comportamentos de consumo mais responsáveis, uma cultura de filantropia mais transversal e também maior disponibilidade para agir”, afirma Assunção Loureiro.
A SeaTheFuture procura ativamente mais projetos e desafia a candidatura espontânea de interessados de qualquer parte do mundo diretamente na plataforma.
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